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NOME

       proc - pseudo sistema de arquivos de informações de processos.

DESCRIÇÃO

       /proc é um pseudo sistema de arquivos usado como uma interface para as estruturas de dados
       do kernel, assim como para leitura e  interpretação  de  /dev/kmem.  Muitos  dos  arquivos
       fornecem  somente  permissões de leitura, mas alguns permitem que variáveis do kernel seja
       alteradas.

       Apresentamos a seguir uma rápida descrição da hierarquia do /proc.

       [número]
              Há um subdiretório numérico para cada processo que esteja sendo executado; o
              subdiretório tem o nome da identificação do processo (PID). Cada um contém os
              seguintes pseudo arquivos e diretórios:

              cmdline
                     Contém a linha de comando completa para o processo, a menos que todo o
                     processo tenha sido transferido para a área de troca (swap), ou seja um
                     processo zumbi. Nestes casos o arquivo estará vazio; isto é um arquivo que
                     retornará 0 caracteres. Este arquivo é terminado com o caracter nulo, e não
                     com nova linha.

              cwd    É o link do diretório atual de trabalho do processo. Para encontrar o cwd do
                     processo 20, por exemplo, deve-se:
                     cd /proc/20/cwd; /bin/pwd

              Note que o comando pwd está freqüentemente incorporado no interpretador de comandos
              e pode não funcionar exatamente desta forma neste contexto.

              environ
                     Este arquivo contém o ambiente do processo.  As entradas são separadas por
                     caracteres nulos, e deve haver um caracter nulo ao final do arquivo.  Para
                     listar o ambiente do processo 1, deve-se:
                     (cat /proc/1/environ; echo) | tr "\000" "\n"

              (caso alguém queira saber porque fazer isso, veja o comando lilo(8).)

              exe    um ponteiro para o binário que está sendo executado e aparece como uma
                     ligação simbólica.  readlink(2) no arquivo especial exe retorna sob o Linux
                     2.0 ou mais recente a seguinte cadeia de caracteres no formato:

                     [dispositivo]:inode

                     Por exemplo, [0301]:1502 pode ser o inode 1502 no dispositivo com
                     identificação primária 03 (major) (IDE, MFM, etc...) e secundária 01 (minor)
                     (primeira partição do primeiro dispositivo).  Sob o Linux 2.2 a ligação
                     simbólica contém a caminho de busca atual do comando.

                     Ainda, a ligação simbólica pode ser referenciada normalmente, ou seja ao
                     tentar-se abrir "exe" , na verdade será aberto o executável. Pode ainda
                     executar o comando /proc/[número]/exe para executar uma cópia do mesmo
                     processo como [número].

                     find(1) com a opção -inum pode ser usado para localizar um arquivo.

              fd     Este é um subdiretório contendo uma entrada para cada arquivo aberto pelo
                     processo, nomeado pelos seus descritores e que tenham uma ligação simbólica
                     com o arquivo real (como nas entradas em exe). Zero é a entrada padrão, 1 a
                     saída padrão e 2 a saída padrão de erros, etc...

                     Programas que utilizarão nomes de arquivos, mas não a partir da entrada
                     padrão, e que gravam arquivos, mas não através da saída padrão, podem ser
                     depurados através do seguinte comando (assumindo-se -i como o indicador do
                     arquivo de entrada  e -o como o indicador do arquivo de saída:
                     foobar -i /proc/self/fd/0 -o /proc/self/fd/1 ...
                     tendo-se então um filtro de trabalho. Note que isso não irá funcionar para
                     programas que fazem buscas em seus arquivos, pois os arquivos no diretório
                     fd não podem ser pesquisados.

                     /proc/self/fd/N é aproximadamente o mesmo que /dev/fd/N em alguns sistemas
                     UNIX e similares a UNIX. Diversos scripts MAKEDEV do Linux ligam
                     simbolicamente /dev/fd para /proc/self/fd, na verdade.

              maps   Um arquivo contendo o mapa atual de regiões da memória e suas permissões de
                     acesso.

                     O formato é:
                        endereço          perms desl.    disp  inode
                        00000000-0002f000 r-x-- 00000400 03:03 1401
                        0002f000-00032000 rwx-p 0002f400 03:03 1401
                        00032000-0005b000 rwx-p 00000000 00:00 0
                        60000000-60098000 rwx-p 00000400 03:03 215
                        60098000-600c7000 rwx-p 00000000 00:00 0
                        bfffa000-c0000000 rwx-p 00000000 00:00 0

              onde endereço é o endereço do espaço de memória que o processo ocupa, e perms é o
              conjunto de permissões:
                   r = leitura
                   w = gravação
                   x = execução
                   s = compartilhada
                   p = privada (copia da gravação)

              deslocamento é o deslocamento no arquivo, disp é o dispositivo
              (primária:secundária)(major:minor), e inode refere-se ao inode do dispositivo. Zero
              indica que o inode está associado à uma região da memória, como o caso estaria com
              bss.

              Nos kerneis 2.2 há um campo adicional fornecendo um caminho de busca quando
              aplicável.

              mem    Este não é igual ao dispositivo mem (1,1), apesar de ter o mesmo número de
                     dispositivos. O dispositivo /dev/mem é a memória física antes da conversão
                     de endereços, mas o arquivo mem aqui descrito é a memória acessada pelo
                     processo. Ela não pode ser mapeada por mmap(2)'ed atualmente, e não poderá
                     até que uma mmap(2) geral seja adicionada ao kernel (o que pode ocorrer em
                     breve).

              mmap   Diretório dos mapas gerados por mmap(2) os quais são ligações simbólicas
                     como exe, fd/*, etc.  Note que estes mapas incluem um subconjunto destas
                     informações, então /proc/*/mmap podem ser considerados obsoletos.

                     "0" é normalmente libc.so.4.

                     /proc/*/mmap foi removido do kernel do Linux na versão 1.1.40 (e realmente
                     estava obsoleto)

              root   Unix e Linux suportam a idéia de um raiz de sistema de arquivos por
                     processo, definidos pela chamada ao sistema chroot(2) .  Root aponta o raiz
                     do sistema de arquivos, e comporta-se como exe, fd/*, etc...

              stat   Informações sobre o status do processo. Isso é fornecido por ps(1).

                     Os campos, em ordem, com as suas propriedades específicas em scanf(3) são:

                     pid %d Identificação do processo.

                     comm %s
                            O nome do arquivo do executável entre parênteses. É visível mesmo que
                            o processo esteja na área de troca.

                     state %c
                            Um caracter da cadeia "RSDZT" onde R é em execução, S é dormindo em
                            uma espera por interrupção, D aguardando em uma espera que não pode
                            ser interrompida ou em área de troca, Z é um zumbi e T significa
                            paralisado (em um sinal) ou rastreado.

                     ppid %d
                            O PID do processo pai.

                     pgrp %d
                            O ID do grupo do processo.

                     session %d
                            O ID da sessão do processo.

                     tty %d O tty que o processo usa.

                     tpgid %d
                            A ID do grupo do processo que atualmente detém o tty no qual o
                            processo está conectado.

                     flags %u
                            Os indicadores do processo. Atualmente, cada indicador tem o bit
                            matemático configurado, porque crt0.s verifica a emulação de co-
                            processador matemático, e isso não é incluído na saída. Isso é
                            provavelmente um erro, e nem todos os processos são compiladores C. O
                            bit matemático é um decimal 4 e o bit de rastreamento é um decimal
                            10.

                     minflt %u
                            O número de pequenos erros do processo, aqueles que não requerem a
                            carga de páginas de memória a partir do disco.

                     cminflt %u
                            O número de erros menores do processo e de seus processos filhos.

                     majflt %u
                            O número de erros maiores do processo, aqueles que requerem a carga
                            de páginas de memória a partir do disco.

                     cmajflt %u
                            O número de erros maiores do processo e de seus processo filhos.

                     utime %d
                            O número de ciclos do processador que o processo tem previsto em modo
                            usuário.

                     stime %d
                            O número de ciclos do processador que o processo tem previsto em modo
                            kernel.

                     cutime %d
                            O número de ciclos do processador que o processo e seus filhos têm
                            previstos em modo usuário.

                     cstime %d
                            O número de ciclos do processador que o processo e seus filhos têm
                            previstos em modo kernel.

                     counter %d
                            O número máximo de ciclos do processador do próximo período de
                            processamento destinado ao processo, ou o tempo restante no período
                            atual, caso o processo esteja ocupando o processador.

                     priority %d
                            O valor padrão acrescido de 15. O valor nunca é negativo no kernel.

                     timeout %u
                            O tempo em ciclos do processador do próximo período de espera.

                     itrealvalue %u
                            O tempo (em ciclos do processador) antes que o próximo SIGALRM seja
                            enviado para o processo relativo a um intervalo de tempo.

                     starttime %d Tempo, em ciclos do processador, que o processo iniciou após o
                            sistema ser iniciado.

                     vsize %u
                            Tamanho da memória virtual.

                     rss %u Tamanho do conjunto residente: número de páginas que o processo tem
                            na memória real, menos 3 para uso administrativo. Estas são as
                            páginas que contêm texto, dados ou espaço da pilha, não incluindo
                            páginas que foram carregadas de acordo com a demanda ou que foram
                            para a área de troca.

                     rlim %u
                            Limite em bytes do rss do processo (normalmente 2,147,483,647).

                     startcode %u
                            O endereço acima do qual o texto do  programa deve ser executado.

                     endcode %u
                            O endereço abaixo do qual o texto do programa deve ser executado.

                     startstack %u
                            O endereço de início da pilha.

                     kstkesp %u
                            O valor atual de esp (ponteiro da pilha com 32 bits), conforme
                            encontrado na pilha de páginas do kernel para o processo.

                     kstkeip %u
                            EIP atual (ponteiro da instrução com 32 bits).

                     signal %d
                            O mapa de bits dos sinais pendentes (normalmente zero).

                     blocked %d
                            O mapa de bits dos sinais bloqueados (normalmente 0, 2 para ambientes
                            de trabalho).

                     sigignore %d
                            O mapa de bits dos sinais ignorados.

                     sigcatch %d
                            O mapa de bits de sinais recebidos.

                     wchan %u
                            Este é o canal no qual o processo fica esperando. Este é o endereço
                            da chamada ao sistema, e pode ser analisada em uma lista de nomes,
                            caso se necessite de um nome textual (caso se tenha um
                            /etc/psdatabase atualizado, então tente ps -l para ver o campo WCHAN
                            em ação).

       cpuinfo
              Esta é uma coleção de itens dependentes da CPU e da arquitetura do sistema, sendo
              que cada uma destas tem uma lista diferente.  As únicas duas entradas comuns são
              cpu a qual é a CPU atual em uso e BogoMIPS uma constante do sistema que é calculada
              durante a inicialização do sistema.

       devices
              Lista dos números primários (majors) e grupos de dispositivos. Isso pode ser usado
              pelos scripts MAKEDEV para checagem de consistência com o kernel.

       dma    Lista dos canais DMA ISA (acesso direto à memória) registrados em uso.

       filesystems
              lista dos sistemas de arquivos que foram compilados com o kernel.  Pode ser usado
              por mount(1) para pesquisar através de diferentes sistemas de arquivos quando
              nenhum é especificado.

       interrupts
              É usado para gravar o número de interrupções por cada IRQ nas arquiteturas i386.
              Muito simples de ler-se, feito em formato ASCII.

       ioports
              Lista das portas de Entrada-Saída registradas que estão em uso.

       kcore  Este arquivo representa a memória física do sistema e está armazenada no formato de
              arquivo core. Com este pseudo arquivo, e o binário do kernel com as funções de
              mensagens incorporadas (/usr/src/linux/tools/zSystem), pode-se usar o GDB para
              examinar o estado atual de qualquer estrutura de dados do kernel.

              O tamanho total do arquivo é o tamanho da memória física (RAM) mais 4 Kb.

       kmsg   Este arquivo pode ser usado ao invés da chamada ao sistema syslog(2) para registrar
              mensagens do kernel. Um processo deve ter privilégios de superusuário para ler este
              arquivo e somente um processo pode fazer isso. Esse arquivo não deve ser lido se um
              processo syslog está sendo executado o qual usa a chamada ao sistema syslog(2) para
              registrar as mensagens do kernel.

              Informações deste arquivos são recuperadas com o programa dmesg(8)

       ksyms  Contém as definições dos  símbolos exportados pelo kernel usados pelas ferramentas
              de módulos(X) para dinamicamente ligar e vincular módulos carregáveis.

       loadavg
              A média de carga do sistema fornecida pela média do número de serviços na fila de
              execução há mais de 1, 5 e 15 minutos. É o mesmo que a média dada pelo programa
              uptime(1) e outros.

       locks  Este arquivo exibe os arquivos travados.

       malloc Este arquivo somente está presente se CONFIGDEBUGMALLOC for definido durante a
              compilação.

       meminfo
              É usada pelo comando free(1) para informar a quantidade de memória livre e
              utilizada (tanto a memória física como a de troca) assim como a memória
              compartilhada e os buffers usados pelo kernel.

              Tem o mesmo formato que o comando free(1), exceto pelo fato de estar em bytes ao
              invés de Kb.

       modules
              Uma lista dos módulos carregados pelo sistema.

       net    Vários pseudo arquivos, que fornecem o status de alguma parte da camada de rede.
              Estes arquivos contêm estruturas em formato ASCII e podem ser lidas por exemplo
              pelo cat. De qualquer forma, as ferramentas do netstat(8) possibilitam um acesso
              muito mais adequado a estes arquivos.

              arp    Ele contém uma imagem em formato ASCII da tabela ARP do kernel usada na
                     resolução de endereços. Irá apresentar dinamicamente as entradas ARP
                     pré-programadas e recebidas dinamicamente. O formato é:
                   IP address       HW type     Flags       HW address
                   10.11.100.129    0x1         0x6         00:20:8A:00:0C:5A
                   10.11.100.5      0x1         0x2         00:C0:EA:00:00:4E
                   44.131.10.6      0x3         0x2         GW4PTS

              Onde 'IP address' é o endereço Ipv4 da máquina, o 'HW type' é o tipo de hardware no
              endereço conforme a RFC 826. Os indicadores são internos à estrutura ARP(conforme
              definido em /usr/include/linux/if_arp.h) e o

              dev    Os pseudo arquivos dev contêm informações sobre a situação dos dispositivos
                     de rede. Ele dá o número de pacotes recebidos e enviados, o número de erros
                     e colisões e outras estatísticas básicas. Eles são usados pelo programa
                     ifconfig(8) para apresentar relatórios do status do dispositivo. O formato
                     é:
        Inter-|   Receive                  |   Transmit
         face |packets errs drop fifo frame|packets errs drop fifo colls carrier
            lo:      0    0    0    0    0     2353    0    0    0     0    0
          eth0: 644324    1    0    0    1   563770    0    0    0   581    0

              ipx    Nenhuma informação.

              ipx_route
                     Nenhuma informação.

              rarp   Este arquivo usa o mesmo formato do arquivo arp e contém a base de dados de
                     mapeamento reverso usado para prover os serviços de pesquisa de endereços
                     reversos do rarp(8) .  Caso RARP não esteja configurado no kernel este
                     arquivo não estará presente.

              raw    Mantém uma  imagem RAW (crua) da tabela de conexões. Muita desta informação
                     não tem outra finalidade senão a depuração. O valor 'sl' é a área do kernel
                     para a conexão, e 'local address' é o endereço local e o par de números de
                     protocolo. "St" é o status interno da conexão. "tx_queue" e "rx_queue" são
                     as filas de dados de entrada e saída em termos de uso de memória do kernel.
                     Os campos "tr", "tm->when" e "rexmits" não são usados por RAW. O campo uid
                     contém a identificação do criador da conexão.

              route  Nenhuma informação, mas parece similar ao route(8)

              snmp   Este arquivo contém dados em formato ASCII necessários para o gerenciamento
                     de IP, ICMP, TCP e UDP por um agente snmp. As of writing the TCP mib is
                     incomplete. It is hoped to have it completed by 1.2.0.

              tcp    Mantém uma imagem da tabela de conexões TCP. Muitas informações são
                     utilizadas exclusivamente para depuração. O valor 'sl' é a área do kernel
                     para a conexão, e 'local address' é o endereço local e o par de números de
                     protocolo. O "endereço remoto" é o par endereço remoto e o número da porta
                     (se conectado). "St" é o status interno da conexão. "tx_queue" e "rx_queue"
                     são as filas de entrada de dados e de saída em termos de uso de memória do
                     kernel. Os campos "tr", "tm->when" e "rexmits" hold internal information of
                     the kernel socket state and are only useful debugging. O campo uid contém a
                     identificação do criador da conexão.

              udp    Mantém uma imagem da tabela de conexões UDP. Muitas informações são
                     utilizadas exclusivamente para depuração. O valor 'sl' é a área do kernel
                     para a conexão, e 'local address' é o endereço local e o par de números de
                     protocolo. O "endereço remoto" é o par endereço remoto e o número da porta
                     (se conectado). "St" é o status interno da conexão. "tx_queue" e "rx_queue"
                     são as filas de dados de entrada e  saída em termos de uso de memória do
                     kernel. Os campos "tr", "tm->when" e "rexmits" não são usados pelo UDP. O
                     campo uid contém a identificação do criador da conexão. O formato é:
 1: 01642C89:0201 0C642C89:03FF 01 00000000:00000001 01:000071BA 00000000 0
 1: 00000000:0801 00000000:0000 0A 00000000:00000000 00:00000000 6F000100 0
 1: 00000000:0201 00000000:0000 0A 00000000:00000000 00:00000000 00000000 0

              unix   Lista de conexões com domínios Unix presentes no sistema e seus status. O
                     formato é:
                     Num RefCount Protocol Flags    Type St Path
                      0: 00000002 00000000 00000000 0001 03
                      1: 00000001 00000000 00010000 0001 01 /dev/printer

              Onde 'Num' é a área do kernel, 'RefCount' é o número de usuários da conexão,
              'Protocol' é atualmente sempre zero, 'Flags' representam os indicadores internos do
              kernel com o status da conexão. Tipo é sempre igual a 1 (datagramas de conexões a
              domínios Unix ainda não são suportadas). 'St' é o estado interno da conexão e Path
              é o caminho (caso exista) da conexão.

       pci    Lista de todos os dispositivos PCI encontrados pelo kernel durante sua
              inicialização e configuração.

       scsi   Um diretório com pseudo arquivo scsi de nível médio scsi, e vários diretórios de
              arquivos de controle de baixo nível para dispositivos SCSI. Contém um arquivo para
              cada dispositivo SCSI do sistema, cada um com o status de alguma parte do
              subsistema de E/S SCSI.  Estes arquivos contêm estruturas ASCII que podem ser lidas
              pelo comando cat.

              Pode-se ainda gravar alguns arquivos para reconfigurar o subsistema ou ativar ou
              desativar algumas funcionalidades.

              scsi   Uma lista de todos os dispositivos SCSI conhecidos pelo kernel. A lista é
                     similar a uma apresentada durante a inicialização do sistema.  SCSI
                     atualmente suporta somente o comando singledevice que permite ao
                     superusuário adicionar dispositivos sem desligar o sistema à lista de
                     dispositivos conhecidos.

                     Um comando echo 'scsi singledevice 1 0 5 0' > /proc/scsi/scsi provocará que
                     scsi1 pesquise no canal SCSI 0 por um dispositivo de ID 5 LUN 0. Caso haja
                     algum neste endereço ou o endereço seja inválido, será retornado um erro.

              drivername
                     drivername pode atualmente ser: NCR53c7xx, aha152x, aha1542, aha1740,
                     aic7xxx, buslogic, eata_dma, eata_pio, fdomain, in2000, pas16, qlogic,
                     scsi_debug, seagate, t128, u15-24f, ultrastore ou wd7000.  Estes diretórios
                     mostram todos os arquivos de controle que registraram pelo menos um HBA
                     SCSI. Cada diretório contém um arquivo registrado por dispositivo. Cada
                     arquivo é nomeado após a indicação do número dado pela inicialização.

                     Estes arquivos contêm a configuração do dispositivo e do arquivo de controle
                     estatísticas, etc.

                     A gravação nestes arquivos permite a execução de diferentes tarefas. Por
                     exemplo com os comandos de superusuário latency e nolatency pode-se ligar ou
                     desligar o comando de medição de latência no arquivo de controle eata_dma.
                     Com os comandos  lockup e unlock pode-se controlar as pesquisas de controle
                     de barramento simuladas pelo arquivo de controle de dispositivo scsi_debug .

       self   Este diretório referencia-se ao processo de acesso ao sistema de arquivos /proc, e
              é idêntico ao diretório /proc nomeado pela identificação do mesmo processo.

       stat   estatísticas do kernel e do sistema

              cpu  3357 0 4313 1362393
                     O tempo dos ciclos do processador (em centésimos de segundo) que o sistema
                     despende em modo usuário, modo usuário de baixa prioridade (nice), modo
                     sistema e tarefas disponíveis, respectivamente. O último valor deve ser 100
                     vezes a segunda entrada no pseudo arquivo uptime.

              disk 0 0 0 0
                     As entradas para quatro discos não estão implementadas ainda. Não estamos
                     seguros sequer que serão, uma vez que as estatísticas do kernel em outras
                     máquinas normalmente monitora tanto a taxa de transferência quanto  E/S por
                     segundo e este somente permite um campo por dispositivo.

              page 5741 1808
                     O número de páginas que entraram no sistema e o número de páginas que sairam
                     (do disco).

              swap 1 0
                     O número de páginas de troca que foram recebidas e enviadas de/para a área
                     de troca.

              intr 1462898
                     O número de interrupções recebidas a partir da inicialização do sistema.

              ctxt 115315
                     O número de mudanças de contexto que o sistema realizou.

              btime 769041601
                     Tempo de inicialização, em segundos desde 1 de Janeiro de  1970.

       sys    Este diretório, presente desde a versão 1.3.57, contém um número de arquivos e
              subdiretórios correspondente às variáveis do kernel.  Estas variáveis podem ser
              lidas e algumas vezes modificadas usando-se o sistema de arquivos proc, e usando a
              chamada ao sistema sysctl(2).  Atualmente estão presentes os subdiretórios kernel,
              net, vm e cada um contém diversos arquivos e subdiretórios.

              kernel Contém os arquivos domainname, file-max, file-nr, hostname, inode-max,
                     inode-nr, osrelease, ostype, panic, real-root-dev, securelevel, version.
                     com funções bastante claras para o nome.

              O arquivo somente para leitura file-nr fornece o número de arquivos atualmente
              abertos.

              O arquivo file-max fornece o número máximo de arquivos abertos que o kernel pode
              administrar. Caso 1024 não seja suficiente, pode-se tentar o comando
              echo 4096 > /proc/sys/kernel/file-max

              Similarmente, os arquivos inode-nr e inode-max indicam o número atual e o número
              máximo de inodes.

              Os arquivos ostype, osrelease, e version fornecem informações retiradas de
              /proc/version.

              O arquivo panic fornece acesso para leitura e gravação da variável do kernel
              panic_timeout.  Caso seja igual a zero, o kernel irá testar esta variável
              sucessivamente; caso seja diferente de zero indica que o kernel deve se auto
              reinicializar após o número de segundos indicado.

              O arquivo securelevel parece sem significado no momento - o superusuário tem todos
              os recursos do sistema.

       uptime Este arquivo contém dois números: o tempo de atividade do sistema em segundos e o
              tempo gasto com o processamento de processos em segundos.

       version
              Identifica a versão do kernel que está sendo executada.  Por exemplo:
            Linux versão 1.09 (quinlan@phaze) #1 Dom Nov 19 01:51:54 EDT 1998.

VEJA TAMBÉM

       cat(1), find(1), free(1), mount(1), ps(1), tr(1), uptime(1), readlink(2), mmap(2),
       chroot(2), syslog(2), hier(7), arp(8), dmesg(8), netstat(8), route(8), ifconfig(8),
       procinfo(8) e muito mais

EM CONFORMIDADE COM

       Este texto está em razoável conformidade com o kernel 1.3.11. Por favor atualize caso
       necessário.

       Última atualuzação no Linux 1.3.11.

DICAS

       Note que muitas cadeias de caracteres (por exemplo o ambiente e a linha de comando) estão
       no formato interno, com subcampos separados por bytes contendo o caracter nulo. Pode-se
       tornar as informações mais claras caso se utilize od -c ou tr "\000" "\n" para acessá-las.

       Esta página de manual não é completa e possivelmente contenha alguns erros, e precisa ser
       atualizada freqüentemente.

PROBLEMAS

       O sistema de arquivos /proc pode gerar problemas de segurança em processos executados com
       chroot(2).  Por exemplo, se /proc é montado na hierarquia chroot, um chdir(2) para
       /proc/1/root retornará para o raiz original do sistema de arquivos. Isso pode ser
       considerada uma facilidade ao invés de um erro, uma vez que o Linux não suporta a chamada
       fchroot(2).

TRADUZIDO POR LDP-BR em 21/08/2000.

       André L. Fassone Canova <lonelywofl@blv.com.br> (tradução) Carlos Augusto Horylka
       <horylka@conectiva.com.br> (revisão)

                                            22/07/1996                                    PROC(5)