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NOME

       sources.list - Lista das fontes de dados APT configuradas

DESCRIÇÃO

       A lista de fontes /etc/apt/sources.list e os ficheiros contidos em /etc/apt/sources.list.d/ estão
       desenhados para suportar qualquer número de fontes activas e uma variedade de meios de fontes. Os
       ficheiros listam uma fonte por linha (estilo-uma-linha) ou contêm múltiplas estrofes definindo uma ou
       mais fontes por estrofe (estilo deb822), com a fonte de maior preferência listada em primeiro lugar (no
       caso de uma versão única estar disponível a partir de mais do que uma fonte). A informação disponível a
       partir das fontes configuradas é obtida pelo apt-get update (ou por um comando equivalente de outro
       front-end do APT).

SOURCES.LIST.D

       O directório /etc/apt/sources.list.d disponibiliza um modo de adicionar entradas na sources.list em
       ficheiros separados. São permitidos dois formatos diferentes de ficheiro como descrito nas próximas duas
       secções. Os nomes de ficheiros precisam de ter ou a extensão .list ou .sources dependendo do formato
       contido. Os nomes dos ficheiros podem apenas conter letras (a-z e A-Z), dígitos (0-9), e os caracteres
       underscore (_), menos (-) e ponto (.). De outro modo o APT irá escrever um aviso de que ignorou um
       ficheiro, a menos que esse ficheiro coincida com um padrão na lista de configuração
       Dir::Ignore-Files-Silently - que neste caso serão ignorados em silêncio.

FORMATO ESTILO-UMA-LINHA

       Os ficheiros neste formato têm a extensão .list. Cada linha que especifica uma fonte começa com um tipo
       (ex.  deb-src) seguido de opções e argumentos para esse tipo. Entradas individuais não podem ser
       continuadas até a linha seguinte. As linhas vazias são ignoradas,e um caractere # em qualquer pondo de
       uma linha marca o restante da linha como um comentário. Consequentemente uma entrada pode ser desactivada
       ao comentar a linha inteira. Se for preciso fornecer opções, estas são separadas por espaços e elas todas
       juntas são posicionas entre parênteses rectos ([]) incluídos na linha após o tipo e separado dele por um
       espaço. Se uma opção permitir vários valores estes são separados entre eles com uma vírgula (,). Um nome
       de opção é separado do(s) seu(s) valor(es) por um sinal de igual (=). Opções de multi-valor também têm -=
       e += como separadores, os quais em vez de substituir a predefinição pelos valor(es) fornecidos modificam
       os valor(es) predefinidos para remover ou incluir os valores fornecidos.

       Este é o formato tradicional e suportado por todas as versões do apt. Note que nem todas as opções
       descritas abaixo são suportadas por todas as versões do apt. Note também que algumas aplicações mais
       antigas que analisem este formato por si mesmas podem não esperar encontrar opções pois estas não eram
       comuns antes da introdução do suporte a multi-arquitecturas.

FORMATO ESTILO-DEB822

       Os ficheiros neste formato têm a extensão .sources. O formato é semelhante em sintaxe a outros ficheiros
       usados por Debian e seus derivados, tais como os ficheiros de meta-dados que o apt irá descarregar das
       fontes configuradas ou o ficheiro debian/control de um pacote fonte Debian. As entradas individuais são
       separadas por uma linha vazia; as linha vazias adicionais são ignoradas, e um caractere # no inicia da
       linha marca a linha inteira como um comentário. Uma entrada pode assim ser desactivada ao comentar cada
       linha que pertence à estrofe, mas é geralmente mais fácil adicionar o campo "Enabled: no" à estrofe para
       desactivar a entrada. Removendo o campo ou defini-lo para "yes" volta a activa-la. As opções têm a mesma
       sintaxe que todos os outros campos. Um nome de campo é separado por dois pontos (:) e opcionalmente por
       espaços dos seus valor(es). Note especialmente que múltiplos valores são separados por espaços em branco
       (como espaços, tabs e novas-linhas), não por vírgulas como no formado de uma-linha. Os campos de
       multi-valor como Architectures também têm Architectures-Add e Architectures-Remove para modificar o valor
       predefinido em vez de o substituir.

       Este é um novo formato suportado pelo apt desde versão 1.1. As versões anteriores ignoravam tais
       ficheiros com uma mensagem descrita antes. É objectivo tornar gradualmente este formato no formato
       predefinido, descontinuando o anteriormente descrito formato de estilo-uma-linha, pois é mais fácil de
       criar, aumentar e modificar para as pessoas e para as máquinas especialmente se estiverem envolvidas
       muitas fontes e/ou opções. Os desenvolvedores que estão a trabalhar com e/ou a analisar fontes do apt são
       altamente encorajados a adicionar suporte a este formato e a contactar a equipa do APT para coordenar e
       partilhar este trabalho. Os utilizadores podem já livremente adotar este formato, mas podem encontrar
       problemas com software que ainda não suporte o formato.

OS TIPOS DEB E DEB-SRC: FORMATO GERAL

       O tipo deb descreve um arquivo Debian típico de dois níveis, distribution/component. A distribution é
       geralmente um nome de uma suite como stable ou testing ou um nome de código como bookworm ou trixie
       enquanto que componente é um de main, contrib, non-free ou non-free-firmware. O tipo deb-src faz
       referência a um código fonte de distribuição Debian no mesmo formato que o tipo deb. É necessária uma
       linha deb-src para obter índices das fontes.

       O formato para duas entradas estilo-uma-linha usando os tipos deb e deb-src é:

           deb [ option1=value1 option2=value2 ] uri suite [component1] [component2] [...]
           deb-src [ option1=value1 option2=value2 ] uri suite [component1] [component2] [...]

       Em alternativa, a entrada equivalente em estilo deb822 parece-se com isto:

                Types: deb deb-src
                URIs: uri
                Suites: suite
                Components: [component1] [component2] [...]
                option1: value1
                option2: value2

       O URI para o tipo deb tem de especificar a base da distribuição Debian, a partir do qual o APT irá
       encontrar a informação que precisa.  suite pode especificar um caminho exacto, que no caso os componente
       têm de ser omitidos e suite deve terminar com uma barra (/). Isto é útil para o caso de apenas ser de
       interesse um sub-directório particular do arquivo denotado pelo URI. Se suite não especificar um caminho
       exacto, pelo menos um component tem de estar presente.

       suite também pode conter uma variável.  $(ARCH) a qual se expande à arquitectura Debian (tal como amd64
       ou armel) usada no sistema. Isto permite que seja usados ficheiros sources.list independentes da
       arquitectura. Em geral, isto é apenas de interesse quando se especifica um caminho exacto; de outro modo
       o APT irá gerar automaticamente um URI com a arquitectura actual.

       Especialmente no formato de estilo uma-linha como apenas pode ser especificada por linha uma
       distribuição, pode ser necessário ter várias linhas para o mesmo URI, se só for desejado um sub-conjunto
       de todas as distribuições e componentes dessa localização. O APT irá ordenar a lista de URI após ter
       gerado internamente um conjunto completo, e irá desabar as várias referências à mesma máquina na
       Internet, por exemplo, numa única ligação, para que não estabeleça uma ligação ineficiente, a feche, faça
       outra coisa, e depois volte a estabelecer ligação à mesma máquina. O APT também paraleliza ligações a
       máquinas diferentes para lidar mais eficientemente com sites com largura de banda baixa.

       É importante listar as fontes por ordem de preferência, com a fonte mais preferida listada em primeiro
       lugar. Tipicamente isto irá resultar numa ordenação por velocidades desde o mais rápido até ao mais lento
       (CD-ROM seguido por máquinas numa rede local, seguido por máquinas distantes na Internet, por exemplo).

       Como um exemplo, as fontes da sua distribuição podem-se parecer com isto no formato estilo uma-linha:

           deb http://us.archive.ubuntu.com/ubuntu lunar main restricted
           deb http://security.ubuntu.com/ubuntu lunar-security main restricted
           deb http://us.archive.ubuntu.com/ubuntu lunar-updates main restricted

       ou com isto no formato estilo deb822:

           Types: deb
           URIs: http://us.archive.ubuntu.com/ubuntu
           Suites: lunar lunar-updates
           Components: main restricted

           Types: deb
           URIs: http://security.ubuntu.com/ubuntu
           Suites: lunar-security
           Components: main restricted

OS TIPOS DEB E DEB-SRC: OPÇÕES

       Cada entrada de fonte pode ter opções especificas para modificar qual fonte é acedida e como os dados são
       adquiridos dela. O formato, sintaxe e nomes das opções varia entre os formatos de estilo-uma-linha e
       estilo-deb822 como descrito, mas estes não têm as mesmas opções disponíveis. Para simplificar listamos o
       nome-de-campo deb822 e disponibilizamos o nome de uma-linha entre parênteses. Lembre-se que além de
       definir explicitamente opções de multi-valor, existe também a opção de modifica-los com base na
       predefinição, mas não estamos a listar explicitamente esses nomes aqui. As opções não suportadas são
       ignoradas em silêncio por todas as versões do APT.

       •   Architectures (arch) é uma opção multi-valor que define para quais arquitecturas deve ser
           descarregada a informação. Se esta opção não for definida é todas as arquitecturas como definido pela
           opção de configuração APT::Architectures.

       •   Languages (lang) é uma opção multi-valor que define para quais linguagens deve ser descarregada
           informação tal como as descrições de pacotes traduzidas. Se esta opção for definida a predefinição é
           todas as linguagens como definido pela opção de configuração Acquire::Languages.

       •   Targets (target) é uma opção multi-valor que define quais alvos de download o apt irá tentar adquirir
           a partir desta fonte. Se não for especificado, o valor predefinido é definido pelo scope de
           configuração Acquire::IndexTargets (os alvos são especificados pelo seu nome no campo Created-By).
           Adicionalmente, pode-se activar ou desactivar alvos ao usar campo Identifier como uma opção com um
           valor booleano em vez de se usar esta opção multi-valor.

       •   PDiffs (pdiffs) é um valor sim/não que controla se o APT deve tentar usar PDiffs para actualizar
           índices antigos em vez de descarregar totalmente novos índices. O valor desta opção é ignorado se o
           repositório não anunciar a disponibilidade de PDiffs. Usa por predefinição o valor da opção com o
           mesmo nome para um ficheiro índice específico definido no scope Acquire::IndexTargets, o qual usa por
           predefinição o valor da opção de configuração Acquire::PDiffs o qual usa por predefinição yes.

       •   By-Hash (by-hash) pode ter o valor yes, no ou force e controlam se o APT deve tentar obter índices
           via um URL construído a partir de um hashsum do ficheiro esperado em vez de usar um nome de ficheiro
           estável e bem conhecido do índice. Usar isto pode evitar erros de correspondência de hashsum, mas
           requer um mirror que suporte. Um valor yes ou no activa/desactiva o uso desta funcionalidade se esta
           fonte indicar suporte para tal, enquanto force irá activar a funcionalidade independentemente do que
           a fonte indique. Recorre à predefinição do valor da opção com o mesmo nome para um ficheiro index
           específico definido no scope Acquire::IndexTargets, que o próprio usa por predefinição o valor da
           opção de configuração Acquire::By-Hash a qual é predefinida para yes.

       Mais ainda, existem opções que se definidas afectam todas as fontes com o mesmo URL e Suite, então elas
       têm de ser definidas em todas as tais entradas e não podem variar entre componentes diferentes. O APT irá
       tentar detectar e terminar em erro em tais anomalias.

       •   Allow-Insecure (allow-insecure), Allow-Weak (allow-weak) e Allow-Downgrade-To-Insecure
           (allow-downgrade-to-insecure) são valores booleanos os todos são predefinidos com no. Se definidos
           para yes eles contornam partes de apt-secure(8) e por isto não devem ser usados de forma leviana!

       •   Trusted (trusted) é um valor de três estados o qual é predefinido para o APT decidir se uma fonte é
           de confiança ou se levem ser activados avisos antes de, por ex, pacotes serem instalados a partir
           dessa fonte. Esta opção pode ser usada para sobrepor essa decisão. O valor yes diz ao APT que deve
           sempre considerar essa fonte como de confiança, mesmo que não aprove nas verificações de
           autenticação. Desactiva partes de apt-secure(8), e portanto apenas deve ser usada num contexto local
           e de confiança (e se assim for mesmo) pois caso contrário a segurança perde-se. O valor no faz o
           aposto, fazendo com que a fonte seja lidada como não confiável mesmo que as verificações de
           autenticação passem com sucesso. O valor predefinido não pode ser regulado explicitamente.

       •   Signed-By (signed-by) é uma opção para requerer a um repositório para passar a verificação apt-
           secure(8) com um certo conjunto de chaves em vez das chaves de tudo confiança que o apt tem
           configurado. É especificada como uma lista de caminhos absolutos para ficheiros de chaveiro (têm de
           estar acessíveis e legíveis para o utilizador do sistema _apt, portanto assegure que todos têm
           permissões de leitura ao ficheiro) e impressões digitais de chaves para selecionar a partir destes
           chaveiros. As localizações recomendadas para chaveiros são /usr/share/keyrings para chaveiros geridos
           por pacotes, e /etc/apt/keyrings para chaveiros geridos pelo operador do sistema. Se não forem
           especificados nenhuns ficheiros chaveiro, o predefinido é o chaveiro trusted.gpg e todos os chaveiros
           no directório trusted.gpg.d/ (veja apt-key fingerprint). Se não for especificada nenhuma impressão
           digital, são selecionadas todas as chaves nos chaveiros. Uma impressão digital irá também aceitar
           todas as assinaturas por uma sub-chave dessa chave. Se isto não for desejado pode ser adicionado um
           ponto de exclamação (!) à impressão digital para desactivar este comportamento. A opção usa por
           predefinição o valor da opção com o mesmo nome se for definida no ficheiro Release previamente
           adquirido deste repositório (apenas impressões digitais podem ser especificadas lá totalmente). Caso
           contrário, todas as chaves nos chaveiros de confiança são consideradas assinantes válidos para este
           repositório. A opção também pode ser definida diretamente para um bloco de chave pública embebido. É
           preciso especial cuidado para codificar a linha vazia com espaços iniciais e ".":

               Types: deb
               URIs: https://deb.debian.org
               Suites: stable
               Components: main contrib non-free non-free-firmware
               Signed-By:
                -----BEGIN PGP PUBLIC KEY BLOCK-----
                .
                mDMEYCQjIxYJKwYBBAHaRw8BAQdAD/P5Nvvnvk66SxBBHDbhRml9ORg1WV5CvzKY
                CuMfoIS0BmFiY2RlZoiQBBMWCgA4FiEErCIG1VhKWMWo2yfAREZd5NfO31cFAmAk
                IyMCGyMFCwkIBwMFFQoJCAsFFgIDAQACHgECF4AACgkQREZd5NfO31fbOwD6ArzS
                dM0Dkd5h2Ujy1b6KcAaVW9FOa5UNfJ9FFBtjLQEBAJ7UyWD3dZzhvlaAwunsk7DG
                3bHcln8DMpIJVXht78sL
                =IE0r

                -----END PGP PUBLIC KEY BLOCK-----
       •   Check-Valid-Until (check-valid-until) é um valor yes/no que controla se o APT deverá tentar detectar
           ataques de repetição. Um criador de repositório pode declarar uma hora limite para os dados
           disponibilizados no repositório serem considerados como válidos, e se esta hora for atingida, e
           nenhuns novos dados forem fornecidos, os dados são considerados expirados e é provocado um erro. Para
           além de aumentar a segurança, pois um atacante malicioso não pode enviar dados antigos eternamente
           para impedir um utilizador de actualizar para uma nova versão, isto também ajuda os utilizadores a
           identificar mirrors que não estão mais actualizados. No entanto, alguns repositórios tais como os
           arquivos históricos que não são mais actualizados propositadamente, assim esta verificação pode ser
           desactivada ao definir esta opção para no. Usa por predefinição o valor da opção de configuração
           Acquire::Check-Valid-Until a qual ela própria usa por predefinição yes.

       •   Valid-Until-Min (valid-until-min) e Valid-Until-Max (valid-until-max) podem ser usadas para elevar ou
           baixar o período de tempo em segundos no qual os dados deste repositório são considerados válidos.
           -Max pode ser especialmente útil para definir o sue próprio valor se o repositório não disponibilizar
           um campo Valid-Until no seu ficheiro Release, enquanto -Min pode ser usado para aumentar o tempo
           válido em mirrors raramente actualizados (locais) de um arquivo mais frequentemente actualizado mas
           menos acessível (o qual está também em sources.list) em vez de desactivar completamente a
           verificação. Usa por predefinição o valor das opções de configuração Acquire::Min-ValidTime and
           Acquire::Max-ValidTime que estão ambas não definidas por predefinição.

       •   Check-Date (check-date) é um valor yes/no que controla se o APT deve considerar a hora da máquina
           correcta e assim executar as verificações relacionadas com horas, tal como verificar que um ficheiro
           Release não veio do futuro. Desactiva-lo também desactiva a opção Check-Valid-Until mencionada em
           cima.

       •   Date-Max-Future (date-max-future) controla quão longe do futuro um repositório pode estar. Usa por
           predefinição o valor da opção de configuração Acquire::Max-FutureTime a qual é 10 segundo por
           predefinição.

       •   InRelease-Path (inrelease-path) determina o caminho para o ficheiro InRelease, relativamente à
           posição normal de um ficheiro InRelease. Por predefinição, esta opção não está definida e o APT irá
           tentar obter um InRelease ou, se isso falhar, um ficheiro Release e o seu ficheiro associado
           Release.gpg. Ao definir esta opção, será tentado o caminho especificado em vez do ficheiro InRelease,
           e o recurso a ficheiros Release será desactivado.

       •   Snapshot (snapshot) permite selecionar uma versão anterior do arquivo a partir do serviço de
           instantâneos. Os valores suportados são:

           •   enable para permitir selecionar um instantâneo com a opção --snapshot, ou

           •   um ID de instantâneo para seleciona um instantâneo específico.

           Os IDs de instantâneos são geralmente marcadores horários no formado de AAAAMMDDTHHMMSSZ, tal como
           20220102T030405Z o qual é 2 de Janeiro, 2022 às 03:04:05 UTC, os servidores podem no entanto suportar
           tipos de IDs adicionais, e o APT não executa nenhumas verificações até agora.

ESPECIFICAÇÃO DA URI

       Os tipos de URI actualmente reconhecidos são:

       http (apt-transport-http(1))
           O esquema http especifica um servidor HTTP para um arquivo e o método mais comum usado. O URI pode
           incluir directamente informação de login se o arquivo o requerer, mas deve ser preferível o uso de
           apt_auth.conf(5). O método também suporta proxies SOCKS5 e HTTP(S) sejam configurados via
           configuração específica do apt ou especificada pela variável de ambiente http_proxy no formato
           (assumindo um proxy HTTP que requer autenticação) http://user:pass@server:port/. Os detalhes de
           autenticação para proxies também pode ser fornecidos via apt_auth.conf(5).

           Note que estas formas de autenticação são inseguras pois toda a comunicação com o servidor remoto (ou
           proxy) não está encriptada, portanto um atacante suficientemente capaz pode observar e guarda o login
           assim como todas as outras interações. O atacante pode não pode modificar a comunicação totalmente
           pois o modelo de segurança de dados do APT é independente do método de transporte escolhido. Veja
           apt-secure(8) para mais detalhes.

       https (apt-transport-https(1))
           O esquema https especifica um servidor HTTPS para um arquivo e é muito semelhante em utilização e
           opções disponíveis ao esquema http. A principal diferença é que a comunicação entre o apt e o
           servidor (ou proxy) é encriptada. Note que a encriptação não previne um atacante de saber com qual
           servidor (ou proxy) o apt está a comunicar e com uma análise mais profunda pode potencialmente ainda
           revelar que dados estão a ser descarregados. Se isto for preocupante, os esquemas baseados em Tor
           mencionados mais abaixo podem ser uma alternativa apropriada.

       mirror, mirror+esquema (apt-transport-mirror(1))
           O esquema mirror especifica a localização de uma mirrorlist. Por predefinição o esquema usado para a
           localização é http, mas pode ser usado qualquer outro esquema via mirror+esquema. A própria
           mirrorlist pode conter vários URIs diferentes para mirrors que o cliente do APT pode
           transparentemente pegar, escolher e recorrer entre os pretendentes para ajudar tanto com a
           distribuição da carga sobre os mirrors disponíveis e assegurando que os clientes podem adquirir dados
           mesmo que alguns dos mirrors configurados não estejam disponíveis.

       file
           O esquema file permite que um directório arbitrário do sistema de ficheiros seja considerado um
           arquivo. Isto é útil para montagens NFS e mirrors ou arquivos locais.

       cdrom
           O esquema cdrom permite ao APT usar uma drive de CD-ROM, DVD ou caneta USB local com mudança de
           media. Use o programa apt-cdrom(8) para criar entradas cdrom na lista de fontes.

       ftp
           O esquema ftp especifica um servidor FTP para um arquivo. O uso de FTP está em declínio em favor de
           http e https e muitos arquivos ou nunca ofereceram ou estão a retirar o acesso FTP. Se você ainda
           precisa deste método, estão disponíveis muitas opções de configuração no escopo Acquire::ftp e
           detalhadas em apt.conf(5).

           Por favor note que pode ser especificado um proxy FTP ao usar a variável de ambiente ftp_proxy. É
           possível especifica um proxy HTTP (os servidores proxy HTTP geralmente compreendem URLs de FTP)
           usando esta variável de ambiente e apenas esta variável de ambiente. Os proxies que usam HTTP
           especificados no ficheiro de configuração serão ignorados.

       copy
           O esquema copy é idêntico ao esquema file com a excepção que os pacotes são copiados para o
           directório cache em vez serem usados directamente da sua localização. Isto é útil para quem use um
           meio amovível para copiar ficheiros com o APT.

       rsh, ssh
           O método rsh/ssh invoca RSH/SSH a ligar a uma máquina remota e aceder a ficheiros como um dado
           utilizador. É recomendada a configuração prévia de rhosts ou chaves RSA. Os comandos standard find e
           dd são usados para executar as transferências de ficheiros a partir da máquina remota.

       adicionando mais tipos de URI reconhecíveis
           O APT pode ser estendido com mais métodos lançados em outros pacotes opcionais, que devem seguir o
           esquema de nomeação apt-transport-método. Por exemplo, a equipa do APT também mantém o pacote
           apt-transport-tor, o qual disponibiliza métodos de acesso para URIs de HTTP e HTTPS com rota via rede
           Tor.

EXEMPLOS

       Usa o arquivo armazenado localmente (ou montagem NFS) em /home/apt/debian para stable/main,
       stable/contrib, stable/non-free e stable/non-free-firmware.

           deb file:/home/apt/debian stable main contrib non-free non-free-firmware

           Types: deb
           URIs: file:/home/apt/debian
           Suites: stable
           Components: main contrib non-free non-free-firmware

       Como em cima, excepto que usa a distribuição unstable (de desenvolvimento).

           deb file:/home/apt/debian unstable main contrib non-free non-free-firmware

           Types: deb
           URIs: file:/home/apt/debian
           Suites: unstable
           Components: main contrib non-free non-free-firmware

       Especificação de fontes para o referido acima.

           deb-src file:/home/apt/debian unstable main contrib non-free non-free-firmware

           Types: deb-src
           URIs: file:/home/apt/debian
           Suites: unstable
           Components: main contrib non-free non-free-firmware

       A primeira linha obtém a informação do pacote para a arquitectura em APT::Architectures enquanto a
       segunda obtém sempre amd64 e armel.

           deb http://deb.debian.org/debian bookworm main
           deb [ arch=amd64,armel ] http://deb.debian.org/debian bookworm main

           Types: deb
           URIs: http://deb.debian.org/debian
           Suites: bookworm
           Components: main

           Types: deb
           URIs: http://deb.debian.org/debian
           Suites: bookworm
           Components: main
           Architectures: amd64 armel

       Usa HTTP para aceder ao arquivo em archive.debian.org, e usa apenas a área hamm/main.

           deb http://archive.debian.org/debian-archive hamm main

           Types: deb
           URIs: http://archive.debian.org/debian-archive
           Suites: hamm
           Components: main

       Usa FTP para aceder ao arquivo em ftp.debian.org, sob o directório debian, e usa apenas a área
       bookworm/contrib.

           deb ftp://ftp.debian.org/debian bookworm contrib

           Types: deb
           URIs: ftp://ftp.debian.org/debian
           Suites: bookworm
           Components: contrib

       Usa FTP para aceder ao arquivo em ftp.debian.org, sob o directório debian, e usa apenas a área
       unstable/contrib. Se esta linha aparecer também como aquela no exemplo anterior em sources.list será
       usada uma única sessão FTP para ambas linhas de recurso.

           deb ftp://ftp.debian.org/debian unstable contrib

           Types: deb
           URIs: ftp://ftp.debian.org/debian
           Suites: unstable
           Components: contrib

       Usa HTTP para aceder ao arquivo em ftp.tlh.debian.org, sob o directório universe, e usa apenas os
       ficheiros encontrados sob unstable/binary-i386 em máquinas i386, unstable/binary-amd64 em amd64, e assim
       por diante para outras arquitecturas suportadas. [Note que este exemplo apenas mostra como usar a
       variável de substituição; os arquivos oficiais debian não estão estruturados assim]

           deb http://ftp.tlh.debian.org/universe unstable/binary-$(ARCH)/

           Types: deb
           URIs: http://ftp.tlh.debian.org/universe
           Suites: unstable/binary-$(ARCH)/

       Usa HTTP para obter pacotes binários assim como fontes a partir das suites stable, testing e unstable e
       os componentes main e contrib.

           deb http://deb.debian.org/debian stable main contrib
           deb-src http://deb.debian.org/debian stable main contrib
           deb http://deb.debian.org/debian testing main contrib
           deb-src http://deb.debian.org/debian testing main contrib
           deb http://deb.debian.org/debian unstable main contrib
           deb-src http://deb.debian.org/debian unstable main contrib

           Types: deb deb-src
           URIs: http://deb.debian.org/debian
           Suites: stable testing unstable
           Components: main contrib

VEJA TAMBÉM

       apt-get(8), apt.conf(5), /usr/share/doc/apt/acquire-additional-files.md.gz

BUGS

       página de bugs do APT[1]. Se deseja reportar um bug no APT, por favor veja
       /usr/share/doc/debian/bug-reporting.txt ou o comando reportbug(1).

TRADUÇÃO

       A tradução Portuguesa foi feita por Américo Monteiro <a_monteiro@netcabo.pt> de 2009 a 2012. A tradução
       foi revista pela equipa de traduções portuguesas da Debian <traduz@debianpt.org>.

       Note que este documento traduzido pode conter partes não traduzidas. Isto é feito propositadamente, para
       evitar perdas de conteúdo quando a tradução está atrasada relativamente ao conteúdo original.

AUTORES

       Jason Gunthorpe

       Equipa do APT

NOTAS

        1. página de bugs do APT
           https://bugs.debian.org/src:apt