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NOME

       uri, url, urn - identificador uniforme de recursos (URI), incluindo uma URL ou URN

SINOPSE

       URI = [ absoluteURI | relativeURI ] [ "#" fragment ]

       absoluteURI = scheme ":" ( hierarchical_part | opaque_part )

       relativeURI = ( net_path | absolute_path | relative_path ) [ "?" query ]

       scheme = "http" | "ftp" | "gopher" | "mailto" | "news" | "telnet" | "file" | "man" | "info" | "whatis" | "ldap" | "wais" | ...

       hierarchical_part = ( net_path | absolute_path ) [ "?" query ]

       net_path = "//" authority [ absolute_path ]

       absolute_path = "/"  path_segments

       relative_path = relative_segment [ absolute_path ]

DESCRIÇÃO

       Um  Identificador Uniforme de Recursos (Uniform Resource Identifier - URI) é uma string de
       caracteres curta que identifica um recurso abstrato ou físico (por exemplo, uma página  da
       Web).   Um Localizador Uniforme de Recursos (Uniform Resource Locator - URL) é uma URI que
       identifica um recurso através do seu  mecanismo  de  acesso  primário  (por  exemplo,  sua
       "localização"  de  rede), em vez do nome ou algum outro atributo daquele recurso.  Um Nome
       Uniforme de Recurso (Uniform Resource Name - URN) é uma URI que precisa manter-se única  e
       persistente globalmente, mesmo quando o recurso deixa de existir ou se torna indisponível.

       As  URIs são o meio padrão de nomear destinos de links de hipertexto para ferramentas como
       os web browsers.  A string "http://www.kernelnotes.org" é uma URL (e portanto é uma  URI).
       Muitas  pessoas  usam  o  termo  URL  largamente  como  um sinônimo de URI (apesar de que,
       tecnicamente, as URLs formam um subconjunto das URIs).

       As URIs podem ser absolutas ou  relativas.   Um  identificador  absoluto  refere-se  a  um
       recurso  independente  de  contexto,  enquanto  um  identificador  relativo refere-se a um
       recurso através da descrição de  diferenças  de  um  contexto  corrente.   Dentro  de  uma
       referência  de  caminho  relativo,  os  segmentos  completos  de  caminhos  "." e ".." têm
       significados especiais: "o nível de hierarquia corrente" e "o nível acima deste  nível  de
       hierarquia",  respectivamente, exatamente como são nos sistemas do tipo Unix.  Um segmento
       de caminho que contém um caractere de dois-pontos não  pode  ser  usado  como  o  primeiro
       segmento  de  um  caminho  relativo  de  uma  URI (por exemplo, "isto:aquilo"), porque ele
       poderia ser enganado por um nome de esquema; preceda tal segmento  com  ./  (por  exemplo,
       "./isto:aquilo").   Note  que os descendentes do MS-DOS (por exemplo, o Microsoft Windows)
       substituem os dois-pontos do nome do dispositivo por uma barra vertical("|") em  URIs,  de
       forma que "C:" se torna "C|".

       Um  identificador  de  fragmento,  se  incluído, refere-se a uma porção particular nomeada
       (fragmento) de um recurso; textos depois de um  '#'  identificam  o  fragmento.   Uma  URI
       começando com '#' refere-se a aquele fragmento no recurso corrente.

USO

       Há  muitos  esquemas  de  URIs  diferentes,  cada  um com regras e significados adicionais
       específicos, mas  eles  são  feitos  intencionalmente  para  serem  tão  similares  quanto
       possível.   Por exemplo, muitos esquemas de URL permitem que a autoridade tenha o seguinte
       formato, chamada aqui de ip_server (colchetes mostram o que é opcional):

       ip_server = [user [ : password ] @ ] host [ : port]

       Este formato permite que você insira opcionalmente um nome de  usuário,  um  usuário  mais
       senha,  e/ou um número de porta.  O host é o nome de um computador-host, ou seu nome, como
       determinado pelo DNS ou um endereço IP (números separados por pontos).   Portanto,  a  URI
       <http://fred:fredpassword@xyz.com:8080/> loga em um servidor Web no host xyz.com como fred
       (usando a senha fredpassword) usando a porta 8080.  Evite incluir uma senha em uma URI  se
       possível, por causa dos muitos riscos de segurança por ter-se uma senha escrita.  Se a URL
       fornece um nome de usuário mas nenhuma senha, e  o  servidor  remoto  pede  uma  senha,  o
       programa interpretador da URL deve requerer uma do usuário.

       Aqui  estão  alguns  dos  esquemas  mais  comuns  em  uso  em  sistemas tipo Unix, que são
       entendidos por muitas ferramentas.  Note que muitas ferramentas  usando  URIs  também  têm
       esquemas   internos  ou  especializados;  veja  a  documentação  dessas  ferramentas  para
       informações sobre esses esquemas.

   http - servidor Web (HTTP)
       http://ip_server/path
       http://ip_server/path?query

       Esta é uma URL acessando um servidor web (HTTP).  A porta padrão é 80.  Se  o  caminho  se
       refere a um diretório, o servidor Web escolherá qual retorna; geralmente, se há um arquivo
       denominado "index.html" ou "index.htm", seu conteúdo  é  retornado,  caso  contrário,  uma
       lista  de arquivos no diretório corrente (com links apropriados) é gerada e retornada.  Um
       exemplo é <http://lwn.net>.

       Uma pesquisa pode ser dada no formato "isindex" arcaico, consistindo  em  uma  palavra  ou
       frase,  e não incluindo um sinal de igual.  Uma pesquisa também pode ser no formato "GET",
       mais longo, que tem uma ou mais entradas de pesquisa no formato  chave=valor  ,  separadas
       pelo  caractere  "&".   Note  que  chave  pode ser repetida mais de uma vez, porém cabe ao
       servidor web e seus programas aplicativos determinar se há algum significado para  aquilo.
       Há  uma  infeliz interação com HTML/XML/SGML e o formato de pesquisa GET; quando tais URIs
       com mais de uma chave são embutidas em documentos SGML/XML (incluindo HTML), o "&" tem que
       ser  reescrito  como  "&amp;".   Note que nem todas as pesquisas usam este formato; formas
       maiores podem ser muito longas para se armazenar como uma URI, de forma que eles  usam  um
       mecanismo  de  interação  diferente (chamado POST) que não inclui os dados na URI.  Veja a
       especificação do CGI (Common Gateway Interface) em  <http://www.w3.org/CGI>  para  maiores
       informações.

   ftp - File Transfer Protocol (FTP)
       ftp://ip_server/path

       Esta  é  uma  URL acessando um arquivo através de um protocolo de transferência de arquivo
       (FTP).  A porta padrão (para controle) é 21.  Se nenhum nome  de  usuário  é  incluído,  é
       fornecido  o  nome de usuário "anonymous" (anônimo), e neste caso muitos clientes fornecem
       como   a   senha    o    correio    eletrônico    do    requerente.     Um    exemplo    é
       <ftp://ftp.is.co.za/rfc/rfc1808.txt>.

   gopher - servidor Gopher
       gopher://ip_server/gophertype selector
       gopher://ip_server/gophertype selector%09search
       gopher://ip_server/gophertype selector%09search%09gopher+_string

       A porta padrão do gopher é 70.  gophertype é um campo de caractere único que denota o tipo
       Gopher do recurso ao qual a URL se refere.  O caminho inteiro também pode ser vazio,  caso
       em que o delimitador "/" também é opcional e o padrão de gophertype é "1".

       selector  é  a  string do seletor do Gopher. No protocolo Gopher, as strings do seletor do
       Gopher são uma  sequência  de  octetos  que  podem  conter  quaisquer  octetos,  exceto  o
       hexadecimal  09 (HT do US-ASCII, ou tabulação), hexadecimal 0A (caractere LF do US-ASCII),
       e 0D (caractere CR do US-ASCII).

   mailto - endereço de email
       mailto:email-address

       Este é um endereço de e-mail, geralmente no formato name@hostname.  Veja mailaddr(7)  para
       mais  informações  sobre  o  formato  correto de um endereço de e-mail.  Note que qualquer
       caractere % deve ser reescrito como %25. Um exemplo é <mailto:dwheeler@ida.org>.

   news - Newsgroup ou mensagem de notícias
       news:newsgroup-name
       news:message-id

       A newsgroup-name é um nome delimitado por pontos,  tal  como  "comp.infosystems.www.misc".
       Se  <newsgroup-name>  é  "*"  (como  em <news:*>), ele é usado para se referir a "todos os
       grupos de notícias disponíveis".  Um exemplo é <news:comp.lang.ada>.

       Um   message-id    corresponde    ao    ID    de    mensagem    do    IETF    RFC    1036,
       ⟨http://www.ietf.org/rfc/rfc1036.txt⟩  sem  os  contornantes  "<"  e ">"; ele toma a forma
       unique@full_domain_name.  Um identificador de mensagem pode ser distinguido de um nome  de
       grupo de notícias pela presença do caractere "@".

   telnet - Telnet login
       telnet://ip_server/

       O  esquema de URL Telnet é usado para designar serviços de texto interativos que podem ser
       acessados pelo protocolo Telnet. O caractere final "/" pode ser omitido.  A porta padrão é
       23.  Um exemplo é <telnet://melvyl.ucop.edu/>.

   file - arquivo normal
       file://ip_server/path_segments
       file:path_segments

       Este representa um arquivo ou diretório acessível localmente.  Como um caso especial, host
       pode ser a string "localhost" ou uma string vazia; isto é interpretado como 'a máquina  da
       qual  a  URL  está  sendo interpretada'.  Se o caminho é para um diretório, o visualizador
       deve mostrar o conteúdo do diretório com links para cada item; nem todos os visualizadores
       fazem  isso.  O KDE suporta arquivos gerados através da URL <file:/cgi-bin>.  Se o arquivo
       dado não é encontrado, os escritores do browser podem querer tentar  expandir  o  nome  do
       arquivo através de um englobamento (veja glob(7) e glob(3)).

       O  segundo  formato (por exemplo, <file:/etc/passwd>) é um formato correto para se referir
       ao arquivo local. Porém, padrões  mais  antigos  não  permitiam  este  formato,  e  alguns
       programas  não  reconhecem  isto  como  uma URI.  Uma sintaxe mais portável é o uso de uma
       string vazia como o nome do servidor, por exemplo, <file:///etc/passwd>; este formato  faz
       a  mesma  coisa  e  é  facilmente  reconhecido  como  uma  URI por buscadores de padrões e
       programas mais antigos.  Note que se você realmente quer dizer "comece do local corrente",
       não  especifique  o esquema de jeito nenhum; use um endereço relativo, como <../test.txt>,
       que tem o efeito colateral de ser independente de esquema.  Um  exemplo  deste  esquema  é
       <file:///etc/passwd>.

   man - Documentação de páginas de manual
       man:command-name
       man:command-name(section)

       Isto  se  refere às páginas de referência do manual (man) online local.  O nome do comando
       pode opcionalmente ser seguido por parênteses e pelo número da  seção;  veja  man(7)  para
       mais  informações  sobre  o significado dos números de seção.  Este esquema de URI é único
       para sistemas do tipo Unix (tais como o Linux) e não é registrado correntemente pelo IETF.
       Um exemplo é <man:ls(1)>.

   info - Documentação de páginas info
       info:virtual-filename
       info:virtual-filename#nodename
       info:(virtual-filename)
       info:(virtual-filename)nodename

       Este  esquema  se  refere  às  páginas  de  referência  info  online (geradas dos arquivos
       texinfo), um formato de documentação usado por programas como as  ferramentas  GNU.   Este
       esquema  de  URI  é  exclusivo  para  sistemas  do  tipo  Unix (tais como o Linux) e não é
       registrado correntemente pelo IETF.  No momento em que este é escrito, o  GNOME  e  o  KDE
       diferem  em  suas  sintaxes de URI, e não aceitam a sintaxe do outro.  O primeiro dos dois
       formatos são o formato GNOME;  um  nomes  de  nós  todos  os  espaços  são  escritos  como
       sublinhados.   O  segundo  dos  dois formatos é o formato KDE; os espaços nos nomes de nós
       devem ser escritos como espaços, mesmo isso sendo proibido pelos padrões da URI.   Espera-
       se  que  no  futuro  muitas ferramentas entenderão todos estes formatos e sempre aceitarão
       sublinhados para espaços nos nomes dos nós.  Tanto no GNOME quanto no KDE,  se  o  formato
       sem  o  nome do nó é usado, o nome do nó é assumido como sendo "Top".  Exemplos de formato
       GNOME são <info:gcc> e <info:gcc#G++_e_GCC>.  Exemplos de formato KDE são  <info:(gcc)>  e
       <info:(gcc)G++ e GCC>.

   whatis - Busca de documentação
       whatis:string

       Este  esquema  busca  no  banco de dados de descrições curtas (de uma linha) de comandos e
       retorna uma lista de descrições contendo aquela string.   Somente  encontros  de  palavras
       completas  são  retornados.  Veja whatis(1).  Este esquema de URI é único para sistemas do
       tipo Unix (tais como o Linux) e não é registrado correntemente pelo IETF.

   ghelp - documentação de ajuda do GNOME
       ghelp:nome-da-aplicação

       Isto carrega a ajuda  do  GNOME  para  a  aplicação  dada.   Note  que  não  existe  muita
       documentação correntemente neste formato.

   ldap - Lightweight Directory Access Protocol (Protocolo Leve de Acesso a Diretórios)
       ldap://hostport
       ldap://hostport/
       ldap://hostport/dn
       ldap://hostport/dn?attributos
       ldap://hostport/dn?attributos?escopo
       ldap://hostport/dn?atributos?escopo?filtro
       ldap://hostport/dn?atributos?escopo?filtro?extensões

       Este  esquema  suporta  pesquisas  no  Protocolo  Leve  de  Acesso a Diretórios (LDAP), um
       protocolo para  pesquisa  de  um  conjunto  de  servidores  para  informações  organizadas
       hierarquicamente  (tal como recursos pessoais e computacionais).  Mais informações sobre o
       esquema     de     URL     do     LDAP     estão     disponíveis     em     RFC      2255.
       ⟨http://www.ietf.org/rfc/rfc2255.txt⟩ Os componentes desta URL são:

       hostport    o  servidor  LDAP  a  se  pesquisar,  escrito  como  um  nome de host, seguido
                   opcionalmente por dois-pontos e a número de porta.  O padrão de porta LDAP é a
                   porta TCP 389.  Se vazio, o cliente determina qual o servidor usar.

       dn          o  Nome Distinto do LDAP, que identifica o objeto-base da busca LDAP (veja RFC
                   2253 ⟨http://www.ietf.org/rfc/rfc2253.txt⟩ seção 3).

       atributos   uma lista de atributos, separados por vírgulas, a serem retornados; veja a RFC
                   2251, seção 4.1.5. Se omitido, todos os atributos devem ser retornados.

       scope       especifica  o  escopo  da busca, que pode ser uma da "base" (para uma busca de
                   objeto-base), "um" (para uma busca de um nível), ou "sub" (para uma  busca  em
                   sub-árvores). Se o escopo é omitido, "base" é assumido.

       filtro      especifica  o filtro de busca (subconjunto de entradas a serem retornadas). Se
                   omitido,  todas  as  entradas   devem   ser   retornadas.    Veja   RFC   2254
                   ⟨http://www.ietf.org/rfc/rfc2254.txt⟩ seção 4.

       extensões   uma  lista,  separada  por vírgulas, de pares tipo=valor, onde a porção =valor
                   pode ser omitida para opções que não a requerem. Uma extensão prefixada com um
                   '!'  é  crítica  (deve  ser  suportada para ser válida), caso contrário é não-
                   crítica (opcional).

       Pesquisas LDAP são as mais fáceis de explicar com exemplos.  Aqui está  uma  pesquisa  que
       pede ao ldap.itd.umich.edu informações sobre a Universidade de Michigan, nos E.U.A.:
              ldap://ldap.itd.umich.edu/o=University%20of%20Michigan,c=US

       Para obter apenas seu atributo de endereço postal, peça:
              ldap://ldap.itd.umich.edu/o=University%20of%20Michigan,c=US?postalAddress

       Para  pedir  a  um  host.com porta 6666 por informações sobre a pessoa com nome comum (cn)
       "Babs Jensen" na Universidade de Michigan, peça:
              ldap://host.com:6666/o=University%20of%20Michigan,c=US??sub?(cn=Babs%20Jensen)

   wais - Servidores de Informação de Grande Área (Wide Area Information Server)
       wais://hostport/database
       wais://hostport/database?search
       wais://hostport/database/wtype/wpath

       Este esquema designa um banco de dados WAIS, uma busca, ou um  documento  (veja  IETF  RFC
       1625  ⟨http://www.ietf.org/rfc/rfc1625.txt⟩ para mais informações sobre WAIS).  Hostport é
       o nome do host, opcionalmente seguido por dois-pontos e um número de porta  (o  número  de
       porta padrão é 210).

       O  primeiro  formato designa um banco de dados WAIS para busca.  O segundo formato desgina
       uma busca particular do banco de dados WAIS  database.   O  terceiro  formato  desgina  um
       documento  particular  dentro  de  um  banco  de  dados  WAIS a ser recuperado.  wtype é a
       desginação WAIS do tipo de objeto e wpath é o identificador de documento WAIS.

   outros esquemas
       Há muitos outros esquemas URI.  Muitas ferramentas que aceitam URIs suportam  um  conjunto
       de URIs internos (por exemplo, o Mozilla tem o esquema "about:" para informação interna, e
       o browser de ajuda do GNOME tem o esquema "toc:" para vários locais de início).  Há muitos
       esquemas  que  foram  definidos  mas não são usados largamente na atualidade (por exemplo,
       prospero).  O esquema "nntp:" se tornou obsoleto em favor do  esquema  "news:".   As  URNs
       devem ser suportadas pelo esquema "urn:", com um espaço de nomes hierárquico (por exemplo,
       urn:ietf:... identificaria documentos IETF); atualmente  as  URNs  não  são  implementadas
       largamente.  Nem todas as ferramentas suportam todos os esquemas.

CODIFICAÇÃO DOS CARACTERES

       As  URIs  têm  um  número  limitado de caracteres, de forma que elas podem ser digitadas e
       usadas em uma variedade de situações.

       Os seguintes caracteres são reservados, isto é, eles podem aparecer em uma URI mas seu uso
       se  limita  ao  seu  propósito  reservado (dados conflitantes precisam usar o caractere de
       escape antes de formar a URI):

                 ; / ? : @ & = + $ ,

       Caracteres não-reservados podem ser  incluídos  em  uma  URI.   Caracteres  não-reservados
       incluem  letras  latinas  maiúsculas e minúsculas, dígitos decimais, e o seguinte conjunto
       limitado de caracteres de pontuação e símbolos:

               - _ . ! ~ * ' ( )

       Todos os outros caracteres devem ter o caractere  de  escape.   Um  octeto  com  escape  é
       codificado  como  um  trio  de  caracteres, consistindo de um caractere de porcentagem "%"
       seguido por dois dígitos hexadecimais representando o código do  octeto  (você  pode  usar
       letras  maiúsculas  e  minúsculas  para  dígitos  hexadecimais). Por exemplo, um espaço em
       branco precisa ter o escape "%20", um caractere de tabulação é  "%09", e o  "&"  é  "%26".
       Como o caractere de porcentagem "%" sempre tem o propósito reservado de ser o indicador de
       escape, ele deve ter o escape "%25".  É prática comum usar como escape para  o  espaço  em
       branco  um  sinal  de  mais  (+)  em  textos  de  pesquisa;  esta  prática  não é definida
       uniformemente nas RFCs  relevantes  (que  recomendam  %20  em  seu  lugar),  mas  qualquer
       ferramenta  que  aceita URIs com textos de pesquisa devem estar preparadas para isto.  Uma
       URI sempre é mostrada na sua forma "escapada".

       Caracteres não-reservados podem ser escapados sem mudança da semântica da  URI,  mas  isto
       não deve ser feito a menos que o URI esteja sendo usada em um contexto que não permita que
       apareçam caracteres sem escape.  Por exemplo, "%7e" é usado às vezes em lugar de "~" em um
       caminho de diretório de URL do http, mas os dois são equivalentes.

       No  momento  em  que  este é escrito, não há nenhum padrão sobre como manipular caracteres
       não-ASCII em URIs arbitrárias.  A especificação HTML 4.0, seção B.2, recomenda o seguinte,
       que deve ser considerado a melhor opção atualmente disponível:

       1.  Representa cada caractere não-ASCII em UTF-8.

       2.  O escape daqueles bytes com o mecanismo de escape de URIs, isto é, a conversão de cada
           byte para %HH, onde HH é a notação hexadecimal do valor do byte.

ESCREVENDO UMA URI

       Quando  escritas,  as  URIs  devem  ser  colocadas   dentro   de   aspas   (por   exemplo,
       "http://www.kernelnotes.org"),  englobadas  por  sinais  de "maior que" e "menor que" (por
       exemplo, <http://lwn.net>), ou colocadas em uma linha separada.  Um  alerta  para  aqueles
       que  usam  aspas:  nunca  mova  a pontuação externa (tais como um ponto final terminando a
       sentença ou uma vírgula em uma lista) dentro de uma URI, pois isto mudará o valor da  URI.
       Em  vez  disso, use sinais de "maior que" e "menor que", ou acione um sistema de aspas que
       nunca inclua caracteres externos dentro  das  aspas.   Este  sistema  antigo,  chamado  de
       sistema  de aspas 'novo' ou 'lógico' pelas "Regras de Hart" e pelo "Dicionário Oxford para
       Escritores e Editores", é a prática preferida na Grã-Bretanha e  por  hackers  em  todo  o
       mundo   (veja   a   seção   do   arquivo   de  jargões  sobre  Estilo  de  Escrita  Hacker
       ⟨http://www.fwi.uva.nl/~mes/jargon/h/HackerWritingStyle.html⟩  para   mais   informações).
       Outros  documentos  sugerem  a inserção do prefixo "URL:" no início da URI, mas esta forma
       nunca foi abraçada.

       A sintaxe de URI foi projetada para não ser ambígua.  Porém,  como  as  URIs  se  tornaram
       comuns, a mídia tradicional (televisão, rádio, jornais, revistas, etc.) tem usado cada vez
       mais referências de URIs abreviadas, consistindo somente nas porções da  autoridade  e  do
       caminho  do recurso identificado (por exemplo, <www.w3.org/Addressing>).  Tais referências
       pretendem primariamente facilitar a interpretação humana em lugar  da  máquina,  assumindo
       que a heurística baseada em contexto é suficiente para completar a URI (por exemplo, nomes
       de hosts que começam com "www" deveriam ter um prefixo de URI igual a "http://",  e  nomes
       de  hosts  começando com "ftp" deveriam ter o prefixo "ftp://").  Muitas implementações de
       clientes resolvem heuristicamente estas referências.  Tais heurísticas podem mudar  com  o
       tempo, particularmente quando novos esquemas forem introduzidos.  Como URIs abreviadas têm
       a mesma sintaxe que um caminho de URL relativo, referências a URIs  abreviadas  não  podem
       ser  usadas  onde  URIs relativas são permitidas, e só podem ser usadas quando não há base
       definida (como em caixas de diálogo).  Não use URIs abreviadas como  links  de  hipertexto
       dentro de um documento; use o formato padrão descrito acima.

NOTAS

       Qualquer ferramenta que aceite URIs (por exemplo, um browser) em um sistema Linux deve ser
       capaz de manipular (diretamente  ou  indiretamente)  todos  os  esquemas  descritos  aqui,
       incluindo os esquemas "man:" e "info:".  A manipulação deles pela invocação de algum outro
       programa é bom e de fato encorajado.

       Tecnicamente, o fragmento não é parte da URI.

       Para informações sobre como embutir URIs (incluindo URLs) em um formato de dados,  veja  a
       documentação naquele formato.  O HTML usa o formato <AHREF="uri"> texto </A>.  Arquivos do
       texinfo usam o formato @uref{uri}.  Man e mdoc têm a macro UR recém-adicionada, ou  apenas
       incluem a URI no texto (visualizadores devem ser capazes de detectar :// como parte de uma
       URI).

       Os ambientes de desktop GNOME e KDE variam atualmente sobre as URIs que eles  aceitam,  em
       particular nos seus respectivos browsers de ajuda.  Para listar páginas de manual, o GNOME
       usa <toc:man> enquanto o KDE usa <man:(índice)>, e para listar páginas "info", o GNOME usa
       <toc:info>  enquanto  o  KDE  usa  <info:(dir)>  (o autor desta página de manual prefere a
       aproximação do KDE aqui, mas um formato mais regular seria realmente melhor).  Em geral, o
       KDE  usa  <file:/cgi-bin/>  como  um  prefixo para um conjunto de arquivos gerados.  O KDE
       prefere documentação em HTML, acessada via <file:/cgi-bin/helpindex>.  O GNOME  prefere  o
       esquema ghelp para armazenar e procurar documentação.  Nenhum browser manipula referências
       "file:" a diretórios no momento  em  que  este  texto  foi  escrito,  tornando-se  difícil
       referir-se  a  um  diretório  completo com um URI compatível com um browser.  Como se nota
       acima, esses ambientes diferem na forma como manipulam o esquema "info:", provavelmente  a
       variação  mais importante.  Espera-se que o GNOME e o KDE irão convergir para formatos URI
       comuns, e uma futura versão desta página de  manual  descreverá  o  resultado  convergido.
       Esforços para ajudar nessa convergência são encorajados.

SEGURANÇA

       Uma  URI não posa, por si mesma, com uma ameaça à segurança.  Não há uma garantia geral de
       que uma URL, localizada em certo momento em  um  recurso  dado,  continuará  ali.  Nem  há
       qualquer  garantia  de  que  uma URL não localizará um recurso diferente em algum lugar do
       passado; tal garantia só pode ser obtida da(s) pessoa(s) que controlam  aquele  espaço  de
       nomes e o recurso em questão.

       Algumas  vezes  é  possível  construir  uma URL de forma que uma tentativa de realizar uma
       operação aparentemente inofensiva,  como  a  recuperação  de  uma  entidade  associada  ao
       recurso, provoque a ocorrência de uma operação remota possivelmente danosa. A URL insegura
       é construída tipicamente através da especificação de um número de porta diferente  daquela
       reservada  para  o  protocolo  de rede em questão. O cliente inconscientemente contacta um
       site que está, na verdade, rodando um  protocolo  diferente.  O  conteúdo  da  URL  contém
       instruções que, quando interpretada de acordo com este outro protocolo, causa uma operação
       inesperada. Um exemplo foi o uso  de  uma  URL  gopher  para  produzir  uma  mensagem  não
       pretendida ou sem identificação, que fosse enviada através de um servidor SMTP.

       Deve-se  tomar cuidado no uso de qualquer URL que especifique um número de porta diferente
       do padrão para o protocolo, especialmente quando é um número do espaço reservado.

       Deve-se tomar cuidado para que, quando uma URI contenha delimitadores  com  caracteres  de
       escape  para  um  dado protocolo (por exemplo, caracteres CR e LF para protocolos telnet),
       esses não percam os escapes antes da transmissão. Isto pode violar o protocolo, mas  evita
       o  possibilidade  de  que esses caracteres sejam usados para simular uma operação extra ou
       parâmetros naquele protocolo, o que pode fazer uma  operação  inesperada  e  possivelmente
       perigosa ser realizada.

       É  claramente  uma  tolice  usar  uma  URI  que contém uma senha, que pretende-se que seja
       secreta. Em particular, o uso de uma senha dentro do componente 'userinfo' de  uma  URI  é
       fortemente  não  recomendada,  exceto  naqueles  casos  raros  em  que o parâmetro 'senha'
       pretende ser pública.

DE ACORDO COM

       IETF RFC 2396, ⟨http://www.ietf.org/rfc/rfc2396.txt⟩ HTML 4.0.  ⟨http://www.w3.org/TR/REC-
       html40⟩

PROBLEMAS

       A  documentação pode ser colocada em uma variedade de locais, tal que não há atualmente um
       bom esquema URI para documentação online geral em formatos  arbitrários.   Referências  no
       formato  <file:///usr/doc/ZZZ>  não funcionam porque distribuições diferentes e requisitos
       de instalação local podem colocar os  arquivos  em  diretórios  diferentes  (pode  ser  em
       /usr/doc,  /usr/local/doc,  /usr/share,  ou em qualquer outro lugar).  Também, o diretório
       ZZZ geralmente muda quando uma versão muda (apesar  de  que  o  englobamento  do  nome  do
       arquivo  poderia  cobrir  isso).   Finalmente,  o  uso  do  esquema "file:" não dá suporte
       facilmente às pessoas que carregam documentação  dinamicamente  da  Internet  (em  vez  de
       carregar  os  arquivos para um sistema de arquivos local).  Um esquema URI futuro pode ser
       acrescentado (por exemplo, "userdoc:") para permitir  que  programas  incluam  referências
       cruzadas  a  uma  documentação  mais  detalhada,  sem  ter que saber o local exato daquela
       documentação.  Alternativamene, uma versão futura da especificação de sistema  de  arquivo
       pode  especificar  locais de arquivos suficientemente, de forma que o esquema "file:" será
       capaz de localizar documentação.

       Muitos programas e formatos de arquivos não incluem um meio de incorporar  ou  implementar
       links usando URIs.

       Muitos  programas não conseguem manipular todos esses diferentes formatos de URIs; deveria
       haver um mecanismo padrão para carregar uma URI arbitrária que detectasse  automaticamente
       o ambiente do usuário (por exemplo, texto ou gráfico, ambiente de desktop, preferências do
       usuário local, e ferramentas em execução atualmente) e invocasse a ferramenta correta para
       qualquer URI.

AUTOR

       David A. Wheeler (dwheeler@ida.org) escreveu esta página de manual.

VEJA TAMBÉM

       lynx(1),       mailaddr(7),      utf-8(7),      man2html(1),      IETF      RFC      2255.
       ⟨http://www.ietf.org/rfc/rfc2255.txt

TRADUZIDO POR LDP-BR em 21/08/2000.

       Rubens  de  Jesus  Nogueira  <darkseid99@usa.net>  (tradução)  André  L.  Fassone   Canova
       <lonelywolf@blv.com.br> (revisão)