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NOME
dpkg-buildflags - retorna flags de compilação para usar durante a compilação de pacotes
SINOPSE
dpkg-buildflags [option...] [command]
DESCRIÇÃO
dpkg-buildflags é uma ferramenta para obter flags de compilação para usar durante a compilação de pacotes
Debian.
As flags predefinidas são definidas pelo fornecedor mas podem ser estendidas/sobrepostas de várias
maneiras:
1. de todo o sistema com /etc/dpkg/buildflags.conf;
2. para o utilizador actual com $XDG_CONFIG_HOME/dpkg/buildflags.conf onde $XDG_CONFIG_HOME usa por
predefinição $HOME/.config;
3. temporariamente pelo utilizador com variáveis de ambiente (veja a secção AMBIENTE);
4. dinamicamente pelo maintainer do pacote com variáveis de ambiente definidas via debian/rules (veja a
secção AMBIENTE).
Os ficheiros de configuração podem conter quatro tipos de directivas:
SET flag value
Sobrescreve a flag chamada flag para ter o valor valor.
STRIP flag value
Despoja da flag chamada flag todas as flags de compilação listadas em valor.
APPEND flag value
Estende a flag chamada flag ao acrescentar as opções dadas em valor. É usado um espaço a preceder o
valor acrescentado se o valor da flag actual não estiver vazio.
PREPEND flag value
Estende a flag chamada flag ao precedê-la com as opções dadas em valor. É acrescentado um espaço ao
valor precedido se o valor da flag actual não estiver vazio.
Os ficheiros de configuração podem conter comentários nas linhas que começam com um cardinal (#). As
linhas vazias também são ignoradas.
COMANDOS
--dump
Escreve na saída standard todas as bandeiras de compilação e os seus valores. Escreve uma bandeira
por linha separada do seu valor por um sinal de igual ("flag=value"). Esta é a acção predefinida.
--list
Escreve a lista das flags suportadas pelo fornecedor actual (uma por cada linha). Veja a secção FLAGS
SUPORTADAS para mais informação sobre elas.
--status
Mostra qualquer informação que possa ser útil para explicar o comportamento de dpkg-buildflags (desde
dpkg 1.16.5): variáveis de ambiente relevantes, fornecedor actual, estado de todas as bandeiras de
funcionalidades. Também escreve as bandeira de compilação resultantes com as suas origens.
Isto destina-se a ser corrido a partir de debian/rules, para que os relatórios de compilação
mantenham um rasto claro das bandeiras de compilação usadas. Isto pode ser útil para diagnosticar
problemas relacionados com elas.
--export=format
Escreve na saída standard comandos que podem ser usados para exportar todas as bandeiras de
compilação para alguma ferramenta particular. Se o valor format não for fornecido, é assumido sh.
Apenas são incluídas bandeiras que comecem com um caractere maiúsculo, as outras são assumidas como
não apropriadas para o ambiente. Formatos suportados:
sh Comandos de shell para definir e exportar todas as bandeiras de compilação no ambiente. Os
valores das bandeiras são citados para que o resultado esteja pronto para avaliação pela shell.
cmdline
Argumentos a passar para a linha de comandos dos programas de compilação para se usar todas as
bandeiras de compilação (desde dpkg 1.17.0). Os valores das bandeiras são citados na sintaxe da
shell.
configure
Este é um nome alternativo antigo para cmdline.
make
Faz as directivas definir e exportar todas as bandeiras de compilação no ambiente. O resultado
pode ser escrito para o fragmento do Makefile e avaliado usando uma directiva include.
--get flag
Escreve o valor da flag na saída standard. Termina com 0 se a flag for conhecida, caso contrário
termina com 1.
--origin flag
Escreve a origem do valor que é devolvido por --get. Termina com 0 se a flag for conhecida, caso
contrário termina com 1. A origem pode ser um dos seguintes valores:
vendor
é devolvida a flag origina definida pelo fornecedor;
system
a flag é definida/modifica por uma configuração de todo o sistema;
user
a flag é definida/modifica por uma configuração específica do utilizador;
env a flag é definida/modifica por uma configuração específica do ambiente;
--query
Escreve qualquer informação que possa ser útil para explicar o comportamento do programa: fornecedor
actual, variáveis de ambiente relevantes, áreas de funcionalidades, estada das bandeiras de
funcionalidades, e as bandeiras de compilação com as suas origens (desde dpkg 1.19.0).
Por exemplo:
Vendor: Debian
Environment:
DEB_CFLAGS_SET=-O0 -Wall
Area: qa
Features:
bug=no
canary=no
Area: reproducible
Features:
timeless=no
Flag: CFLAGS
Value: -O0 -Wall
Origin: env
Flag: CPPFLAGS
Value: -D_FORTIFY_SOURCE=2
Origin: vendor
--query-features area
Escreve as funcionalidades activadas para uma dada área (desde dpkg 1.16.2). As únicas áreas
actualmente reconhecidas em Debian e derivados são future, qa, reproducible, sanitize e hardening,
veja a secção ÁREAS DE CARACTERÍSTICAS para mais detalhes. Termina com 0 se a área é conhecida caso
contrário termina com 1.
O resultado está em formato RFC822, com uma secção por característica. Por exemplo:
Feature: pie
Enabled: yes
Feature: stackprotector
Enabled: yes
--help
Mostra a mensagem de utilização e termina.
--version
Mostra a versão e termina.
FLAGS SUPORTADAS
ASFLAGS
Options for the assembler. Default value: empty. Since dpkg 1.21.0.
CFLAGS
Opções para o compilador de C. O valor predefinido regulado pelo fornecedor inclui -g e o nível de
optimização predefinido (geralmente -O2, ou -O0 se a variável de ambiente DEB_BUILD_OPTIONS definir
noopt).
CPPFLAGS
Opções para o pré-processador de C. Valor predefinido: vazio.
CXXFLAGS
Opções para o compilador de C++. O mesmo que CFLAGS.
OBJCFLAGS
Opções para o compilador Objective C. O mesmo que CFLAGS.
OBJCXXFLAGS
Opções para o compilador Objective C++. O mesmo que CXXFLAGS.
GCJFLAGS
Opções para o compilador de Java do GNU (gcj). Um subconjunto de CFLAGS.
DFLAGS
Opções para o compilador D (ldc ou gdc). Desde dpkg 1.20.6.
FFLAGS
Opções para o compilador Fortran 77. Um subconjunto de CFLAGS.
FCFLAGS
Opções para o compilador Fortran 9x. O mesmo que FFLAGS.
LDFLAGS
Opções passadas ao compilador quando faz link a executáveis ou objetos partilhados (se o vinculador
(linker) for chamado directamente, então -Wl e , têm de ser cortados destas opções). Valor
predefinido: empty.
Podem ser adicionadas novas bandeiras no futuro se a necessidade surgir (por exemplo para suportar outras
linguagens).
ÁREAS DE CARACTERÍSTICAS
Cada funcionalidade de área pode ser activada ou desactivada no valor da área das variáveis de ambiente
DEB_BUILD_OPTIONS e DEB_BUILD_MAINT_OPTIONS com o modificador ‘+’ e ‘-’. Por exemplo, par activar a
funcionalidade "pie" de hardening e desactivar a funcionalidade “fortify” você pode fazer isto em
debian/rules:
export DEB_BUILD_MAINT_OPTIONS=hardening=+pie,-fortify
A funcionalidade especial all (válida em qualquer área) pode ser usada para activar ou desactivar todas
as funcionalidades de área ao mesmo tempo. Assim desactivar tudo na área hardening e activar apenas
apenas “format” e “fortify” pode ser obtido com:
export DEB_BUILD_MAINT_OPTIONS=hardening=-all,+format,+fortify
future
Várias opções de tempo de compilação (detalhado em baixo) podem ser usadas para activar funcionalidades
que deveria estar activadas por predefinição, mas não podem estar por razões de compatibilidade com
versões anteriores.
lfs Esta definição (desactivada por predefinição) activa Suporte Ficheiros Longos em arquitecturas de
32-bit onde o seu ABI não inclui LFS (Large File Support) por predefinição, ao adicionar
-D_LARGEFILE_SOURCE -D_FILE_OFFSET_BITS=64 a CPPFLAGS.
qa
Várias opções de tempo de compilação (detalhado em baixo) podem ser usadas para ajudar a detectar no
código fonte ou no sistema de compilação.
bug Esta definição (desactivada por predefinição) adiciona qualquer opção de aviso de detecção de
fiabilidade problemática no código fonte. Os avisos são fatais. As únicas bandeiras presentemente
suportadas são CFLAGS e CXXFLAGS com bandeiras definidas para -Werror=array-bounds,
-Werror=clobbered, -Werror=implicit-function-declaration e -Werror=volatile-register-var.
canary
Esta definição (desactivada por predefinição) adiciona opções canary fantoches às bandeiras de
compilação, para que os relatórios de compilação possam ser verificados em como as bandeiras de
compilação de propagam e para permitir encontrar qualquer omissão de definições normais de bandeiras
de compilação. As únicas bandeiras actualmente suportadas são CPPFLAGS, CFLAGS, OBJCFLAGS, CXXFLAGS e
OBJCXXFLAGS com bandeiras definidas para -D__DEB_CANARY_flag_random-id__, e LDFLAGS definida para
-Wl,-z,deb-canary-random-id.
optimize
Several compile-time options (detailed below) can be used to help optimize a resulting binary (since dpkg
1.21.0). Note: enabling all these options can result in unreproducible binary artifacts.
lto This setting (since dpkg 1.21.0; disabled by default) enables Link Time Optimization by adding
-flto=auto -ffat-lto-objects to CFLAGS, CXXFLAGS, OBJCFLAGS, OBJCXXFLAGS, GCJFLAGS, FFLAGS, FCFLAGS
and LDFLAGS.
sanitize
Várias opções de tempo de compilação (detalhado em baixo) podem ser usadas para ajudar a higienizar um
binário resultante contra corrupções de memória, fugas de memória, utilização após livre, segmentação de
dados e bugs de comportamento indefinido. Nota: estas opções não devem ser usadas para compilações de
produção pois elas podem reduzir a confiança na conformidade do código, reduzir a segurança ou mesmo a
funcionalidade.
address
Esta definição (desactivada por predefinição) adiciona -fsanitize=address a LDFLAGS e
-fsanitize=address -fno-omit-frame-pointer a CFLAGS e CXXFLAGS.
thread
Esta definição (desactivada por predefinição) adiciona -fsanitize=thread a CFLAGS, CXXFLAGS e
LDFLAGS.
leak
Esta definição (desactivada por predefinição) adiciona -fsanitize=leak a LDFLAGS. fica
automaticamente desactivada se as funcionalidades address ou thread estiverem activas, pois elas já
implicam isto.
undefined
Esta definição (desactivada por predefinição) adiciona -fsanitize=undefined a CFLAGS, CXXFLAGS e
LDFLAGS.
endurecimento
Várias opções de tempo de compilação (detalhado em baixo) podem ser usadas para ajudar a endurecer um
binário resultante contra ataques de corrupção de memória, ou disponibilizar mensagens de aviso
adicionais durante a compilação. Excepto como notado em baixo, estas estão activadas por predefinição
para as arquitecturas que as suportam.
format
Esta definição (activada por predefinição) adiciona -Wformat -Werror=format-security a CFLAGS,
CXXFLAGS, OBJCFLAGS e OBJCXXFLAGS. Isto irá avisar sobre uso de strings de formato impróprias, e irá
falhar quando funções de formato forem usadas em modo que representem possíveis problemas de
segurança. Presentemente, isto avisa sobre chamadas a funções printf e scanf onde a string de formato
não é uma string literal e não existem argumentos de formato, como em printf(foo); em vez de
printf("%s", foo); Isto pode ser um buraco de segurança se a string de formato vier de uma entrada
não confiável e conter ‘%n’.
fortify
Esta definição (activada por predefinição) adiciona -D_FORTIFY_SOURCE=2 a CPPFLAGS. Durante a geração
de código o compilador sabe muita informação sobre tamanhos de buffer (onde possível), e tenta
substituir chamadas de função buffer de comprimento ilimitadas e inseguras por umas limitadas em
comprimento. Isto é especialmente útil para código antigo, desnecessariamente complicado.
Adicionalmente, as strings de formato em memória gravável que contêm ‘%n’ são bloqueadas. Se uma
aplicação depender de tal string de formato, isso terá que ser contornado.
Note que para esta opção ter algum efeito, a fonte tem de também ser compilada com -O1 ou superior.
Se a variável de ambiente DEB_BUILD_OPTIONS conter noopt, então o suporte a fortify será desactivado,
devido a novos avisos serem emitidos pelo glibc 2.16 e posterior.
stackprotector
Esta definição (activada por predefinição se stackprotectorstrong não estiver em uso) adiciona
-fstack-protector --param=ssp-buffer-size=4 a CFLAGS, CXXFLAGS, OBJCFLAGS, OBJCXXFLAGS, GCJFLAGS,
FFLAGS e FCFLAGS. Isto adiciona verificações de segurança contra sobreposições de empilhamento. Isto
renderiza muitos potenciais ataques de injeções de código em situações de abortar. No melhor caso,
isto transforma vulnerabilidades de injeção de código em negação de serviço ou em não-problemas
(dependendo da aplicação).
Esta funcionalidade requer ligação (link) a glibc (ou outro fornecedor de __stack_chk_fail), portanto
precisa de ser desactivada quando se compila com -nostdlib ou -ffreestanding ou semelhante.
stackprotectorstrong
Esta definição (activada por predefinição) adiciona -fstack-protector-strong a CFLAGS, CXXFLAGS,
OBJCFLAGS, OBJCXXFLAGS, GCJFLAGS, FFLAGS e FCFLAGS. Esta á uma variante mais forte de stackprotector,
mas sem penalidades de performance significativas.
Desactivar stackprotector irá também desactivar esta definição.
Esta funcionalidade tem os mesmos requerimentos que stackprotector, e adicionalmente também requer
gcc 4.9 e posterior.
relro
Esta definição (activada por predefinição) adiciona -Wl,-z,relro a LDFLAGS. Durante o carregamento do
programa, várias secções de memória ELF precisam de ser escritas pelo vinculador. Isto sinaliza ao
carregador para tornar estas secções só-leitura antes de entregar o controlo ao programa. Mais
notavelmente isto previne ataques de sobrescrita GOT. Se esta opção for desactivada, bindnow irá
ficar também desactivado.
bindnow
Esta definição (desactivada por predefinição) adiciona -Wl,-z,now a LDFLAGS. Durante o carregamento
do programa, todos os símbolos dinâmicos são resolvidos, permitindo que todo o PLT seja marcado
só-leitura (devido ao relro em cima). A opção pode ser activada se relro não for activado.
pie Esta definição (sem uma predefinição global desde dpkg 1.18.23, pois é agora activa por predefinição
pelo gcc nas arquitecturas Debian amd64, arm64, armel, armhf, hurd-i386, i386, kfreebsd-amd64,
kfreebsd-i386, mips, mipsel, mips64el, powerpc, ppc64, ppc64el, riscv64, s390x, sparc e sparc64)
adiciona as opções requeridas para activar ou desactivar PIE via ficheiros de especificações do gcc,
Se necessário, dependendo de se o gcc injeta nessa arquitectura as bandeiras por ele próprio ou não.
Quando a definição está activa e o gcc injeta as bandeiras, não adiciona nada. Quando a definição
está activa e o gcc não injeta as bandeiras, adiciona -fPIE (via /usr/share/dpkg/pie-compiler.specs)
to CFLAGS, CXXFLAGS, OBJCFLAGS, OBJCXXFLAGS, GCJFLAGS, FFLAGS e FCFLAGS, e -fPIE -pie (via
/usr/share/dpkg/pie-link.specs) a LDFLAGS. Quando a definição está desactivada e o gcc injeta as
bandeiras, adiciona -fno-PIE (via /usr/share/dpkg/no-pie-compile.specs) a CFLAGS, CXXFLAGS,
OBJCFLAGS, OBJCXXFLAGS, GCJFLAGS, FFLAGS e FCFLAGS, e -fno-PIE -no-pie (via
/usr/share/dpkg/no-pie-link.specs) a LDFLAGS.
Position Independent Executable é necessário para tirar vantagem de Address Space Layout
Randomization, suportado por algumas versões de kernel. Enquanto ASLR já pode ser aplicada para áreas
de dados na stack e heap (brk e mmap), as áreas de código têm de ser compiladas como
independente-de-posição. As bibliotecas partilhadas já fazem isto (-fPIC), assim elas ganham ASLR
automaticamente, mas as regiões de texto binários precisam de ser compiladas com PIE para ganhar
ASLR. Quando isto acontece, os ataques ROP (Return Oriented Programming) são mais difíceis pois não
são localizações estáticas para ressaltar durante um ataque de corrupção de memória.
PIE não é compatível com -fPIC, assim em geral é preciso cuidado qo compilar objectos partilhados.
Mas porque as bandeiras PIE emitidas são injetadas via ficheiros specs de gcc, deverá ser sempre
seguro defini-las incondicionalmente independentemente do tipo de objecto a ser compilado ou ligado
em link.
Bibliotecas estáticas pode ser usadas por programas ou outras bibliotecas partilhadas. Dependendo das
bandeiras usadas para compilar todos os objectos dentro de uma biblioteca estática, estas bibliotecas
serão utilizáveis por conjuntos diferentes de objectos:
none
Não pode ser vinculado a um programa PIE, não é uma biblioteca partilhada.
-fPIE
Pode ser vinculado a qualquer programa, mas não a uma biblioteca partilhada (recomendado).
-fPIC
Pode ser vinculado a qualquer programa e biblioteca partilhada.
Se existir a necessidade de definir estas bandeiras manualmente, fazendo bypass à injeção de spec
gcc, há varias coisas a ter em conta. Passar incondicionalmente e explicitamente -fPIE, -fpie ou -pie
a um sistema de compilação usando libtool é seguro pois estas bandeiras irão ser despojadas quando se
compila bibliotecas partilhadas. Caso contrário em projetos que compilam ambos programas e
bibliotecas partilhadas você pode precisar de certificar que quando compila as bibliotecas
partilhadas, -fPIC seja sempre passado em último (para que sobreponha qualquer -PIE anterior) às
bandeiras de compilação tais como CFLAGS, e -shared é passado em último (para que sobreponha qualquer
-pie anterior) para ligar em link bandeiras tais como LDFLAGS. Nota: Isto não deve ser necessário com
a maquinaria de specs gcc predefinida.
Adicionalmente, como PIE é implementado via registo geral, algumas arquitecturas com falta de registo
(mas não incluindo mais a i386 desde as optimizações implementadas no gcc >= 5) podem ver perdas de
performance até aos 15% em grandes cargas de aplicações de segmentos de texto pesados; a maioria das
cargas vêm menos de 1%. Arquitecturas com registos mais gerais (ex. amd64) não vêm mais alto que uma
penalidade de pior caso.
reproducible
As opções de tempo de compilação detalhadas em baixo podem ser usadas para ajudar a melhorar a
reprodutibilidade de compilação ou fornecer mensagens de aviso adicionais durante a compilação. Excepto
como notado em baixo, estas estão activadas por predefinição para as arquitecturas que as suportam.
timeless
Esta definição (activada por predefinição) adiciona -Wdate-time a CPPFLAGS. Isto irá causar avisos
quando as macros __TIME__, __DATE__ e __TIMESTAMP__ são usadas.
fixfilepath
Esta definição (activada por predefinição) adiciona -ffile-prefix-map=BUILDPATH=. a CFLAGS, CXXFLAGS,
OBJCFLAGS, OBJCXXFLAGS, GCJFLAGS, FFLAGS e FCFLAGS quando BUILDPATH está definido para o directório
de nível de topo do pacote a ser compilado. Isto tem o efeito de remover o caminho de compilação de
qualquer ficheiro gerado.
Se ambas fixdebugpath e fixfilepath forem definidas, esta opção toma precedência, porque é um
superconjunto do anterior.
fixdebugpath
Esta definição (activada por predefinição) adiciona -fdebug-prefix-map=BUILDPATH=. a CFLAGS,
CXXFLAGS, OBJCFLAGS, OBJCXXFLAGS, GCJFLAGS, FFLAGS e FCFLAGS quando BUILDPATH está definido para o
directório de nível de topo do pacote a ser compilado. Isto tem o efeito de remover o caminho de
compilação de qualquer símbolo de depuração ficheiro gerado.
AMBIENTE
Existem 2 conjuntos de variáveis de ambiente a fazer as mesmas operações, O primeiro (DEB_flag_op) nunca
deve ser usada dentro de debian/rules. Destina-se a qualquer utilizador que queria recompilar o pacote
fonte com bandeiras de compilação diferentes. O segundo conjunto (DEB_flag_MAINT_op) só deve ser usado em
debian/rules pelos maintainers de pacotes para alterar as bandeiras de compilação resultantes.
DEB_flag_SET
DEB_flag_MAINT_SET
Esta variável pode ser usada para forçar o valor retornado para a <flag> fornecida.
DEB_flag_STRIP
DEB_flag_MAINT_STRIP
Esta variável pode ser usada para disponibilizar uma lista separada por espaços das opções que irão
ser despojadas do conjunto de flags retornado para a flag fornecida.
DEB_flag_APPEND
DEB_flag_MAINT_APPEND
Esta variável pode ser usada para acrescentar opções suplementares ao valor retornado para a flag
fornecida.
DEB_flag_PREPEND
DEB_flag_MAINT_PREPEND
Esta variável pode ser usada para adicionar opções suplementares ao inicio do valor retornado para a
flag fornecida.
DEB_BUILD_OPTIONS
DEB_BUILD_MAINT_OPTIONS
Estas variáveis podem ser usadas por um utilizador ou maintainer para desactivar/activar várias
funcionalidades de área que afectam bandeiras de compilação. A variável DEB_BUILD_MAINT_OPTIONS
sobrepõe qualquer definição nas áreas de funcionalidade de DEB_BUILD_OPTIONS. Veja a secção ÁREAS DE
CARACTERÍSTICAS para detalhes.
DEB_VENDOR
Esta definição define o fornecedor actual. Se não definida, irá descobrir o fornecedor actual ao ler
/etc/dpkg/origins/default.
DEB_BUILD_PATH
Esta variável define o caminho de compilação (desde dpkg 1.18.8) a usar em funcionalidades como
fixdebugpath para que possam ser controladas pelo chamador. Esta variável é actualmente específica de
Debian e derivados.
DPKG_COLORS
Define o modo de cor (desde dpkg 1.18.5). Os valores actualmente aceites são: auto (predefinido),
always e never.
DPKG_NLS
Se definida, será usada para decidir se deve activar o Suporte a Linguagem Nativa. Também como
conhecido como suporte de internacionalização (ou i18n) (desde dpkg 1.19.0). Os valores aceites são 0
e 1 (predefinição).
FICHEIROS
Ficheiros de configuração
/etc/dpkg/buildflags.conf
Ficheiro de configuração geral do sistema.
$XDG_CONFIG_HOME/dpkg/buildflags.conf ou
$HOME/.config/dpkg/buildflags.conf
Ficheiro de configuração do utilizador.
Suporte a empacotamento
/usr/share/dpkg/buildflags.mk
trecho do Makefile que irá carregar (e opcionalmente exportar) todas as bandeiras suportadas pelo
dpkg-buildflags em variáveis (desde dpkg 1.16.1).
EXEMPLOS
Para passar flags de compilação a um comando de compilação dentro de um Makefile:
$(MAKE) $(shell dpkg-buildflags --export=cmdline)
./configure $(shell dpkg-buildflags --export=cmdline)
Para definir bandeiras de compilação num script de shell ou num fragmento de shell, por ser usado o eval
para interpretar o resultado e para exportar as bandeiras no ambiente:
eval "$(dpkg-buildflags --export=sh)" && make
ou para definir os parâmetros posicionais a passar a um comando:
eval "set -- $(dpkg-buildflags --export=cmdline)"
for dir in a b c; do (cd $dir && ./configure "$@" && make); done
Utilização em debian/rules
Você deve chamar dpkg-buildflags ou incluir buildflags.mk do ficheiro debian/rules para obter as
bandeiras de compilação necessárias para passar ao sistema de compilação. Note que versões antigas do
dpkg-buildpackage (antes do dpkg 1.16.1) exportavam estas bandeiras automaticamente. No entanto, você não
deve confiar nisto, pois isto quebra a invocação manual de debian/rules.
Para pacotes com sistemas de compilação tipo autoconf, você pode passar as opções relevantes ao configure
ou make(1) directamente, como mostrado em cima.
Para outros sistemas de compilação, ou quando precisa de um controle mais afinado acerca de quais
bandeiras são passadas para onde, você pode usar --get. Ou você pode incluir buildflags.mk em vez disto,
o que toma conta de chamar dpkg-buildflags e guardar as bandeiras de compilação em variáveis do make.
Se você quiser exportar todas as bandeiras de compilação para o ambiente (onde elas pode ser colhidas
pelo seu sistema de compilação):
DPKG_EXPORT_BUILDFLAGS = 1
include /usr/share/dpkg/buildflags.mk
Para algum controle extra sobre o que é exportado, você pode exportar manualmente as variáveis (pois
nenhuma é exportada por predefinição).
include /usr/share/dpkg/buildflags.mk
export CPPFLAGS CFLAGS LDFLAGS
E claro que você pode passar as bandeiras aos comandos manualmente:
include /usr/share/dpkg/buildflags.mk
build-arch:
$(CC) -o hello hello.c $(CPPFLAGS) $(CFLAGS) $(LDFLAGS)
TRADUÇÃO
Américo Monteiro
Se encontrar algum erro na tradução deste documento, por favor comunique para Américo Monteiro
<a_monteiro@gmx.com>.
1.21.1 2025-09-09 dpkg-buildflags(1)